terça-feira, 29 de agosto de 2017

O que é a Igreja?


Deus tem estado activamente a constituir uma igreja na cidade de Castelo Branco, no centro de Portugal. Este trabalho de Deus é visível no facto de ao longo dos últimos anos almas terem sido salvas pela pregação do evangelho de Cristo, crentes estarem a ser baptizados e ensinados na doutrina do evangelho, mas também pelo facto de pessoas já crentes em Jesus estarem a ser trazidas por Deus para se juntarem a este corpo em formação.

Torna-se, portanto, fundamental que este grupo de crentes saiba exactamente o que é que o Novo Testamento chama de igreja, visto que acreditamos que é isso mesmo que o Senhor está a formar entre nós.

Temos estamos juntos a ver o que a Bíblia diz sobre a igreja e entendo que é importante colocar estas verdades por escrito. Não existe nada de novo debaixo do sol, por isso irei socorrer-me com frequência daquilo que o texto bíblico diz, e também daquilo que outros antes de mim têm escrito sobre este tema. Irei identificar as citações e as respectivas proveniências.

Isto a que chamamos de igreja não surgiu num vácuo. Tem uma origem histórica bem demarcada. Também sabemos que isto a que chamamos igreja não teve origem humana. A origem da igreja é divina e essa origem encontra-se documentada nas Escrituras.

Existe uma grande discussão sobre quando começou a igreja com muitos a quererem dar-lhe uma data de nascimento precisa. É de alguma ingenuidade pensar que se pode dar à igreja um local e data de nascimento. Quando digo que a igreja não surgiu num vácuo quero dizer que temos o privilégio de ver na Bíblia o mover de Deus, durante um determinado período de tempo, para a formação da igreja. Ou seja, quando a igreja em Jerusalém recebe o Espírito Santo no dia de Pentecostes (Actos 2), e este a molda, aperfeiçoa e energiza, aquele grupo passa a ser uma igreja nos mesmos moldes em que existem as igrejas de hoje. Mas quem eram aquelas pessoas? Eram crentes salvos por Deus pelo poder do evangelho, eram crentes baptizados e discipulados, e eram crentes reunidos. Ainda antes do dia de Pentecostes, Deus já estava a trabalhar activamente para constituir aquela igreja.

Por isso mesmo, não fico chocado quando ouço os que dizem que Jesus fundou a Sua igreja quando começou a chamar os apóstolos, ou os que dizem que Deus fundou a igreja de Cristo quando João começou a baptizar, ou ainda quando ouço os que dizem que a igreja começou no dia de Pentecostes. De certa maneira, todos têm razão. Deus é o autor da igreja e será Ele a receber toda a glória pela mesma. Ele usou todos os acontecimentos acima descritos no processo de fundação e aperfeiçoamento da Sua igreja. E Ele continua hoje a aperfeiçoar a igreja. Até ao dia glorioso em que estará reunida toda a igreja de Cristo, constituída pelos regenerados de todas a tribos e raças e línguas e nações. Até esse dia, que as igrejas possam buscar glorificar a Cristo e proclamar de forma fiel o evangelho da salvação.

Pode não parecer, mas esta discussão ajuda-nos a chegar a uma definição do que é a igreja:  A igreja que Jesus fundou é uma comunidade identificável de crentes baptizados chamados para obedecer ao mandato do seu fundador.

Durante os próximos artigos, iremos olhar para três elementos desta definição para que a possamos entender melhor e aplicar à nossa igreja:

(1) A igreja de que o Novo Testamento fala pertence a Cristo;
(2) A igreja de Cristo é uma comunidade identificável;
(3) A igreja de Cristo tem o evangelho como centro da sua actividade.


Até ao próximo artigo, estejam à vontade para enviarem as vossas dúvidas, comentários (e até os vossos insultos). Este é um tema importante e o vosso contributo será uma enorme mais-valia. Podem comentar neste blog, na página de Facebook da IBEV – Castelo Branco, ou enviar para mark@reachportugal.com.

terça-feira, 7 de março de 2017

Carta de Oração | Fevereiro de 2017




Na primavera de 2010 fiz a primeira de várias visitas a Portugal. Foi uma visita com a família, feita tanto pela experiência cultural como para passar tempo com os missionários Allen e Bárbara Newton. Conhecemos de forma fugaz o Mark e a Aura nessa viagem; quando digo fugaz, quero dizer o cumprimento simpático à beira da estrada antes de eles começarem de carro a viagem de várias horas até à região sul do país onde desenvolviam ministério. Muitos anos, entretanto, já se passaram, e o nosso relacionamento com eles aprofundou-se, tal como a nossa experiência e conhecimento deste lindo lugar e das suas gentes.

O casal Pereira agora é missionário, enviados pela igreja da qual sou pastor, motivados por uma incrível visão de plantação de igrejas numa terra realisticamente vazia de testemunhas do evangelho. O segundo momento formal de levantamento de sustento mantém-nos nos Estados Unidos nos meses mais recentes. Ninguém teria sido capaz de adivinhar a incerteza que se levantaria depois de terem sido desenvolvidos os planos para a viagem em que eles se encontram, e a consequente ansiedade colocada sobre um grupo pequeno, mas precioso, de crentes em Castelo Branco. Como pastor deste casal, e com um amor intenso pelo povo de Portugal, acabei de voltar de dez maravilhosos dias de ministério em Castelo Branco, onde dei o meu melhor para tentar preencher o vazio deixado pela ausência da liderança daquela igreja.

Um seguidor de Cristo e ministro da Palavra de Deus sempre gosta de pensar que o seu tempo está a ser bem investido, e subsequentemente oferece ajuda e encorajamento aos que observam e escutam. Certamente que esse foi o desejo durante os meus recentes dias em Castelo Branco, e tenho confiança que houve encorajamento que foi recebido. No entanto, estou certo que isso se deve ao facto de eu ter sido o recipiente do encorajamento e espero que a igreja ali reunida tenha recebido mesmo que uma pequena parte daquilo que me ofereceram a mim. O que Deus tem estado a fazer nas vidas destas pessoas, baseado sem dúvida no fundamento bíblico que têm recebido, e agora temperado pelas exigências e desafios destes dias é, e continuará a ser, algo inspirador.

Se a volta de Jesus ainda tardar, os dias que se seguem em Portugal estão cheios de esperança de um trabalho e colheita do evangelho que não se assemelham a nada que Portugal tenha algum dia experimentado. As peças estão colocadas para que Deus complete a visão do ministério Alcançar Portugal, e dos outros missionários fiéis que se dão a si mesmos de forma amorosa e fiel por amor ao evangelho e à glória de Deus. Temos a bênção de ter um pequeno papel. Orem pelos obreiros. Orem por mais. Orem para que os perdidos de Portugal recebam a Cristo. Orem para que os crentes em Portugal O sirvam.

Ao serviço do Rei, Mark and Aura Pereira