Quando chegou a altura de Jesus nascer, não houve lugar para Ele na estalagem. Ele conheceu bem, desde o seu nascimento o que é a rejeição. Uma das forças mais destrutivas que existe é aquela que vem da rejeição. Muitos de nós já a experimentámos e preferimos não falar disso. Ao caminhar pelas ruas da nossa cidade, consigo ver aqueles que são rejeitados não só de vez em quando, mas todos os dias. Muitos colocaram-se a si mesmos nessa posição, pelas suas más escolhas. Outros estão de tal forma metidos nesse buraco que, mesmo que quisessem, já não têm as ferramentas para se ajudarem a si mesmos. Nesta altura do ano, a solidão e a rejeição fazem-se sentir de uma forma mais profunda. Uma das coisas que mais impressiona no ministério de Jesus é que Ele nunca rejeitava ninguém. Apesar de ter de ouvir as mesmas queixas e os mesmos problemas. Apesar de ser pressionado por uma multidão que apenas O buscava por causa dos milagres, Jesus nunca mandou ninguém embora. O Seu coração doía ao olhar para a escuridão espiritual que reinava nas pessoas à Sua volta. Ele tinha sempre uma palavra ou gesto de amor para aqueles que O buscavam. Será que haviam pessoas que O seguiam com más intenções? Claro que sim. Será que haviam pessoas que pensavam que O estavam a enganar com falsas palavras de devoção? Não há dúvida. Jesus conhecia claramente a intenção daqueles que tinha à Sua frente. Mesmo assim, Jesus nunca rejeitou ninguém. Se você está ler isto e se sente só e rejeitado por todos, não hesite. Vá até aos pés daquele que nunca o rejeita. Penso que isto é um exemplo para nós. Acho que devíamo-nos deixar contagiar, e não só no Natal, pela compaixão daquele que dizemos ser o nosso Mestre.
sábado, 17 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
Nove Anos
Temos um quadro no auditório da nossa igreja que agora deve passar despercebido a muita gente. Trata-se do documento de organização da nossa igreja. Ali estão as assinaturas dos membros fundadores desta congregação local. Aquele grupo de pessoas, muitas das quais continuam connosco, concordou naquele dia organizarem-se como corpo de Cristo em Albufeira. Lembro-me daquela manhã e mal posso acreditar que já se passaram nove anos.
Não podemos deixar que os anos nos afastem daquela que é a nossa missão. Temos de saber quem somos, para que servimos e como caminhar nesta missão dada por Deus. As igrejas locais, como corpo de Cristo que são, têm como missão continuar a fazer a obra de Cristo – levar a Deus, por Cristo, aqueles que estão longe Dele e equipá-los para também se juntarem nesta missão. Temos que cumprir esta missão não só em Albufeira e no Algarve, mas por todo o mundo também. Assim, ganham relevância os nossos ministérios de evangelização, Instituto Bíblico, para formação de próxima geração de pastores e missionários, e programa de missões.
Estamos felizes e agradecidos a Deus por mais este aniversário. Ele tem sustentado esta obra de uma forma maravilhosa. Porque é que estou agradecido? Dou graças a Deus pelas almas que têm sido salvas através deste ponto de pregação. Dou graças a Deus pelos crentes afastados que aqui têm encontrado alívio e restauração. Que o Senhor nos ajude a todos a encontrarmos o nosso lugar de serviço a Ele. Que os nossos dons e talentos sejam usados apenas para a Sua glória. Amen!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Nunca se Sabe
Quando eu tinha 7 ou 8 anos, encontrei uma Bíblia em cima do guarda-fatos
dos meus pais. Limpei o pó da capa e quando descobri o que era percebi que
tinha de ler aquele livro. Afinal de contas a religião dos meus pais, aquela na
qual eu estava a ser educado, tinha surgido por causa da Bíblia. Aquela Bíblia
em especial tinha sido oferecida à minha mãe, pouco tempo antes de sairmos do
Canadá, por um pastor da igreja baptista da cidade onde vivíamos. A minha mãe
não sabia que aquela Bíblia era praticamente igual à da religião que professava
e escondeu-a porque era de uma outra igreja. Acredito que Deus começou a falar
comigo a partir do momento que abri aquelas páginas e, anos mais tarde, aceitei
Jesus como meu Salvador por causa do que vi naquele livro. Depois disso, Deus
chamou-me para o ministério e hoje sou pastor de uma igreja.
Eu tinha 4 anos quando saímos do Canadá em 1985 e em 2008 tive a
oportunidade de voltar à cidade onde nasci. Fui convidado para pregar na igreja
baptista de língua portuguesa e contei a história sobre a Bíblia que alguém
tinha dado à minha mãe. No final do culto, um pastor brasileiro, agora
reformado, veio ter comigo e disse, “Fui eu que dei essa Bíblia à sua mãe!” Era
visível a satisfação nos olhos experientes daquele servo de Deus e dou graças
ao Senhor pela oportunidade que tive de o conhecer. A verdade é que nunca
sabemos tudo o que Deus pode fazer quando escolhemos fazer a Sua vontade. Por
isso, continue a falar de Cristo, a dar folhetos e a oferecer Bíblias. Depois,
deixe o resultado nas mãos de Deus. Mesmo que nunca o saiba, Deus pode fazer
muito com o pouco que fazemos para Ele.
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Nunca se Renda
No dia 29 de
Outubro de 1941, o primeiro-ministro inglês, o famoso Winston Churchill, tinha
sido convidado para fazer um discurso na cerimónia de fim de ano do liceu de
Harrow. Ao dirigir-se àqueles jovens, as suas palavras entraram para a
História. Ele disse, “Nunca, nunca, em nada grande ou pequeno, importante ou
insignificante, nunca se rendam a nada a não ser a convicções de honra e bom
senso. Nunca se rendam à força; nunca se rendam ao poder aparentemente esmagador
do inimigo.”
Estas
palavras, e os tempos que correm, fazem-me voltar a uma promessa bíblica que me
tem sustentado em muitas ocasiões. Deus diz, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos
não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o
escape, para que a possais suportar.” (I Co. 10:13). Existem aqui duas
verdades importantes. Em primeiro lugar, temos de saber que todos vamos ter de
enfrentar, várias vezes na nossa vida, pressões de vários tipos. Todos teremos
de enfrentar problemas, inimigos e desilusões. Por vezes até vai parecer que
não há saída para o momento difícil que atravessamos. É aqui que entra a segunda
verdade importante. Aqueles que são filhos de Deus, nascidos de novo por fé em
Jesus, nunca passarão por mais do que conseguem suportar e terão sempre um
escape para os seus problemas.
A vida não é
fácil. Vivemos num mundo rebelde e sofremos porque o mundo escolheu voltar as
costas a Deus. Mas em Jesus há sempre um passo a tomar. Para o crente os
problemas são sempre passageiros. Não baixe os braços, não deixe de caminhar.
Qual o próximo passo que Deus preparou para si? O que o está a impedir de dar
esse passo? Nunca se renda!
sábado, 22 de outubro de 2011
Ignorar o Passado
Na semana
que passou, começámos a promover um documentário chamado “180”. Mostrámo-lo na
reunião dos Exploradores (grupo dos adolescentes) e pode ser que o mostremos a
toda a igreja. O documentário faz uma comparação com o Holocausto onde, às
ordens de Hitler, foram mortos mais de 6 milhões de judeus, ciganos, negros e
deficientes, com o que se passa nos Estados Unidos onde, desde a legalização do
aborto, já foram mortas mais de 53 milhões de crianças no ventre de suas mães.
Uma das
coisas que mais impressiona no filme é a quantidade de jovens entrevistados que
não sabiam quem tinha sido o Hitler, ou o que ele tinha feito. Depois de lhes
explicar o horror do Holocausto nazi e de o comparar com o aborto, muitos
daqueles jovens tiveram de defender a visão que defendiam do aborto. É incrível
ver como, em alguns minutos muitos passaram de “a favor do aborto” para “a
favor da vida”. A lição a aprender é simples, quando ignoramos o passado
estamos condenados a repeti-lo.
No dia 11 de
Fevereiro de 2007, a maioria dos portugueses que foram às urnas, votaram a
favor do aborto. Desde essa data muitas crianças têm sido mortas nos nossos
hospitais e centros de saúde.
A verdade é
que toda esta questão é uma questão moral. O aborto é errado porque Deus diz na
Sua Palavra, “Não matarás!” Se temos dificuldade em ver este assunto da mesma
maneira que Deus o vê, precisamos de melhorar a nossa visão. Esta é uma questão
complexa que é tornada simples pela observação da Palavra de Deus. A Bíblia é a
verdadeira solução para os problemas de visão do mundo.
O filme "180" pode ser visto aqui. Poderá ter de definir as legendas para português.
O filme "180" pode ser visto aqui. Poderá ter de definir as legendas para português.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Perder Regalias
Esta semana
muitos foram surpreendidos com o anúncio do governo relativamente ao Orçamento
de Estado para 2012. Já sabíamos que todos os que ganham mais do que o ordenado
mínimo, irão ficar sem subsídio de Natal este ano. Agora foi anunciado que
todos os trabalhadores do Estado e pensionistas que ganham mais do que mil
euros, irão ficar sem subsídio de Natal e de férias no próximo ano. Todos estes
cortes têm a ver com o facto de o país ter abusado do crédito durante décadas e
de em trinta anos o Estado ter gasto todos os meses muito mais do que aquilo
que recebia. Estas regalias, subsídio de férias e de Natal, tornaram-se
indispensáveis num país de ordenados baixos. Aquilo que começou como um direito
adquirido, passou a ser algo com que as pessoas contam para equilibrar os seus
orçamentos familiares. Nunca pensámos que um dia estas regalias nos poderiam
ser tiradas.
Isto faz-me
pensar nas regalias que aqueles que são salvos têm em Cristo. Quando um pecador
se converte torna-se filho de Deus, co-herdeiro com Cristo e participante das
bênçãos celestiais. Cada filho de Deus pode falar com Deus através da oração e
escutar a voz de Deus na Palavra. Os cristãos têm o Espírito Santo que os
consola, ilumina e capacita. Deus dá a cada um dos seus santos uma família
chamada igreja onde pode desenvolver os seus dons espirituais para a glória de
Deus. Todos aqueles que são de Cristo sabem que já são vencedores e que estão
do lado certo da história. A lista continua. É bom saber que as verdadeiras
regalias são eternas e seguras. Por muito difícil que seja a vida quotidiana,
não há crise que nos possa separar do amor de Cristo!
“Mas em todas estas coisas somos mais do que
vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos
8:37)
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