sábado, 17 de dezembro de 2011

Rejeitado

 
Quando chegou a altura de Jesus nascer, não houve lugar para Ele na estalagem. Ele conheceu bem, desde o seu nascimento o que é a rejeição. Uma das forças mais destrutivas que existe é aquela que vem da rejeição. Muitos de nós já a experimentámos e preferimos não falar disso. Ao caminhar pelas ruas da nossa cidade, consigo ver aqueles que são rejeitados não só de vez em quando, mas todos os dias. Muitos colocaram-se a si mesmos nessa posição, pelas suas más escolhas. Outros estão de tal forma metidos nesse buraco que, mesmo que quisessem, já não têm as ferramentas para se ajudarem a si mesmos. Nesta altura do ano, a solidão e a rejeição fazem-se sentir de uma forma mais profunda. Uma das coisas que mais impressiona no ministério de Jesus é que Ele nunca rejeitava ninguém. Apesar de ter de ouvir as mesmas queixas e os mesmos problemas. Apesar de ser pressionado por uma multidão que apenas O buscava por causa dos milagres, Jesus nunca mandou ninguém embora. O Seu coração doía ao olhar para a escuridão espiritual que reinava nas pessoas à Sua volta. Ele tinha sempre uma palavra ou gesto de amor para aqueles que O buscavam. Será que haviam pessoas que O seguiam com más intenções? Claro que sim. Será que haviam pessoas que pensavam que O estavam a enganar com falsas palavras de devoção? Não há dúvida. Jesus conhecia claramente a intenção daqueles que tinha à Sua frente. Mesmo assim, Jesus nunca rejeitou ninguém. Se você está ler isto e se sente só e rejeitado por todos, não hesite. Vá até aos pés daquele que nunca o rejeita. Penso que isto é um exemplo para nós. Acho que devíamo-nos deixar contagiar, e não só no Natal, pela compaixão daquele que dizemos ser o nosso Mestre.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Nove Anos



Temos um quadro no auditório da nossa igreja que agora deve passar despercebido a muita gente. Trata-se do documento de organização da nossa igreja. Ali estão as assinaturas dos membros fundadores desta congregação local. Aquele grupo de pessoas, muitas das quais continuam connosco, concordou naquele dia organizarem-se como corpo de Cristo em Albufeira. Lembro-me daquela manhã e mal posso acreditar que já se passaram nove anos.

Não podemos deixar que os anos nos afastem daquela que é a nossa missão. Temos de saber quem somos, para que servimos e como caminhar nesta missão dada por Deus. As igrejas locais, como corpo de Cristo que são, têm como missão continuar a fazer a obra de Cristo – levar a Deus, por Cristo, aqueles que estão longe Dele e equipá-los para também se juntarem nesta missão. Temos que cumprir esta missão não só em Albufeira e no Algarve, mas por todo o mundo também. Assim, ganham relevância os nossos ministérios de evangelização, Instituto Bíblico, para formação de próxima geração de pastores e missionários, e programa de missões.

Estamos felizes e agradecidos a Deus por mais este aniversário. Ele tem sustentado esta obra de uma forma maravilhosa. Porque é que estou agradecido? Dou graças a Deus pelas almas que têm sido salvas através deste ponto de pregação. Dou graças a Deus pelos crentes afastados que aqui têm encontrado alívio e restauração. Que o Senhor nos ajude a todos a encontrarmos o nosso lugar de serviço a Ele. Que os nossos dons e talentos sejam usados apenas para a Sua glória. Amen!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nunca se Sabe


Quando eu tinha 7 ou 8 anos, encontrei uma Bíblia em cima do guarda-fatos dos meus pais. Limpei o pó da capa e quando descobri o que era percebi que tinha de ler aquele livro. Afinal de contas a religião dos meus pais, aquela na qual eu estava a ser educado, tinha surgido por causa da Bíblia. Aquela Bíblia em especial tinha sido oferecida à minha mãe, pouco tempo antes de sairmos do Canadá, por um pastor da igreja baptista da cidade onde vivíamos. A minha mãe não sabia que aquela Bíblia era praticamente igual à da religião que professava e escondeu-a porque era de uma outra igreja. Acredito que Deus começou a falar comigo a partir do momento que abri aquelas páginas e, anos mais tarde, aceitei Jesus como meu Salvador por causa do que vi naquele livro. Depois disso, Deus chamou-me para o ministério e hoje sou pastor de uma igreja.
Eu tinha 4 anos quando saímos do Canadá em 1985 e em 2008 tive a oportunidade de voltar à cidade onde nasci. Fui convidado para pregar na igreja baptista de língua portuguesa e contei a história sobre a Bíblia que alguém tinha dado à minha mãe. No final do culto, um pastor brasileiro, agora reformado, veio ter comigo e disse, “Fui eu que dei essa Bíblia à sua mãe!” Era visível a satisfação nos olhos experientes daquele servo de Deus e dou graças ao Senhor pela oportunidade que tive de o conhecer. A verdade é que nunca sabemos tudo o que Deus pode fazer quando escolhemos fazer a Sua vontade. Por isso, continue a falar de Cristo, a dar folhetos e a oferecer Bíblias. Depois, deixe o resultado nas mãos de Deus. Mesmo que nunca o saiba, Deus pode fazer muito com o pouco que fazemos para Ele.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Nunca se Renda






No dia 29 de Outubro de 1941, o primeiro-ministro inglês, o famoso Winston Churchill, tinha sido convidado para fazer um discurso na cerimónia de fim de ano do liceu de Harrow. Ao dirigir-se àqueles jovens, as suas palavras entraram para a História. Ele disse, “Nunca, nunca, em nada grande ou pequeno, importante ou insignificante, nunca se rendam a nada a não ser a convicções de honra e bom senso. Nunca se rendam à força; nunca se rendam ao poder aparentemente esmagador do inimigo.”


Estas palavras, e os tempos que correm, fazem-me voltar a uma promessa bíblica que me tem sustentado em muitas ocasiões. Deus diz, “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (I Co. 10:13). Existem aqui duas verdades importantes. Em primeiro lugar, temos de saber que todos vamos ter de enfrentar, várias vezes na nossa vida, pressões de vários tipos. Todos teremos de enfrentar problemas, inimigos e desilusões. Por vezes até vai parecer que não há saída para o momento difícil que atravessamos. É aqui que entra a segunda verdade importante. Aqueles que são filhos de Deus, nascidos de novo por fé em Jesus, nunca passarão por mais do que conseguem suportar e terão sempre um escape para os seus problemas.

A vida não é fácil. Vivemos num mundo rebelde e sofremos porque o mundo escolheu voltar as costas a Deus. Mas em Jesus há sempre um passo a tomar. Para o crente os problemas são sempre passageiros. Não baixe os braços, não deixe de caminhar. Qual o próximo passo que Deus preparou para si? O que o está a impedir de dar esse passo? Nunca se renda!

sábado, 22 de outubro de 2011

Ignorar o Passado

Na semana que passou, começámos a promover um documentário chamado “180”. Mostrámo-lo na reunião dos Exploradores (grupo dos adolescentes) e pode ser que o mostremos a toda a igreja. O documentário faz uma comparação com o Holocausto onde, às ordens de Hitler, foram mortos mais de 6 milhões de judeus, ciganos, negros e deficientes, com o que se passa nos Estados Unidos onde, desde a legalização do aborto, já foram mortas mais de 53 milhões de crianças no ventre de suas mães.
 
Uma das coisas que mais impressiona no filme é a quantidade de jovens entrevistados que não sabiam quem tinha sido o Hitler, ou o que ele tinha feito. Depois de lhes explicar o horror do Holocausto nazi e de o comparar com o aborto, muitos daqueles jovens tiveram de defender a visão que defendiam do aborto. É incrível ver como, em alguns minutos muitos passaram de “a favor do aborto” para “a favor da vida”. A lição a aprender é simples, quando ignoramos o passado estamos condenados a repeti-lo.
No dia 11 de Fevereiro de 2007, a maioria dos portugueses que foram às urnas, votaram a favor do aborto. Desde essa data muitas crianças têm sido mortas nos nossos hospitais e centros de saúde.
A verdade é que toda esta questão é uma questão moral. O aborto é errado porque Deus diz na Sua Palavra, “Não matarás!” Se temos dificuldade em ver este assunto da mesma maneira que Deus o vê, precisamos de melhorar a nossa visão. Esta é uma questão complexa que é tornada simples pela observação da Palavra de Deus. A Bíblia é a verdadeira solução para os problemas de visão do mundo.  

O filme "180" pode ser visto aqui. Poderá ter de definir as legendas para português. 

 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Perder Regalias

Esta semana muitos foram surpreendidos com o anúncio do governo relativamente ao Orçamento de Estado para 2012. Já sabíamos que todos os que ganham mais do que o ordenado mínimo, irão ficar sem subsídio de Natal este ano. Agora foi anunciado que todos os trabalhadores do Estado e pensionistas que ganham mais do que mil euros, irão ficar sem subsídio de Natal e de férias no próximo ano. Todos estes cortes têm a ver com o facto de o país ter abusado do crédito durante décadas e de em trinta anos o Estado ter gasto todos os meses muito mais do que aquilo que recebia. Estas regalias, subsídio de férias e de Natal, tornaram-se indispensáveis num país de ordenados baixos. Aquilo que começou como um direito adquirido, passou a ser algo com que as pessoas contam para equilibrar os seus orçamentos familiares. Nunca pensámos que um dia estas regalias nos poderiam ser tiradas.

Isto faz-me pensar nas regalias que aqueles que são salvos têm em Cristo. Quando um pecador se converte torna-se filho de Deus, co-herdeiro com Cristo e participante das bênçãos celestiais. Cada filho de Deus pode falar com Deus através da oração e escutar a voz de Deus na Palavra. Os cristãos têm o Espírito Santo que os consola, ilumina e capacita. Deus dá a cada um dos seus santos uma família chamada igreja onde pode desenvolver os seus dons espirituais para a glória de Deus. Todos aqueles que são de Cristo sabem que já são vencedores e que estão do lado certo da história. A lista continua. É bom saber que as verdadeiras regalias são eternas e seguras. Por muito difícil que seja a vida quotidiana, não há crise que nos possa separar do amor de Cristo!

“Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.” (Romanos 8:37)