Quando eu tinha 7 ou 8 anos, encontrei uma Bíblia em cima do guarda-fatos
dos meus pais. Limpei o pó da capa e quando descobri o que era percebi que
tinha de ler aquele livro. Afinal de contas a religião dos meus pais, aquela na
qual eu estava a ser educado, tinha surgido por causa da Bíblia. Aquela Bíblia
em especial tinha sido oferecida à minha mãe, pouco tempo antes de sairmos do
Canadá, por um pastor da igreja baptista da cidade onde vivíamos. A minha mãe
não sabia que aquela Bíblia era praticamente igual à da religião que professava
e escondeu-a porque era de uma outra igreja. Acredito que Deus começou a falar
comigo a partir do momento que abri aquelas páginas e, anos mais tarde, aceitei
Jesus como meu Salvador por causa do que vi naquele livro. Depois disso, Deus
chamou-me para o ministério e hoje sou pastor de uma igreja.
Eu tinha 4 anos quando saímos do Canadá em 1985 e em 2008 tive a
oportunidade de voltar à cidade onde nasci. Fui convidado para pregar na igreja
baptista de língua portuguesa e contei a história sobre a Bíblia que alguém
tinha dado à minha mãe. No final do culto, um pastor brasileiro, agora
reformado, veio ter comigo e disse, “Fui eu que dei essa Bíblia à sua mãe!” Era
visível a satisfação nos olhos experientes daquele servo de Deus e dou graças
ao Senhor pela oportunidade que tive de o conhecer. A verdade é que nunca
sabemos tudo o que Deus pode fazer quando escolhemos fazer a Sua vontade. Por
isso, continue a falar de Cristo, a dar folhetos e a oferecer Bíblias. Depois,
deixe o resultado nas mãos de Deus. Mesmo que nunca o saiba, Deus pode fazer
muito com o pouco que fazemos para Ele.
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