quinta-feira, 28 de junho de 2012

Bem Seguros


"Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade, diga agora Israel; Muitas vezes me angustiaram desde a minha mocidade; todavia não prevaleceram contra mim. Os lavradores araram sobre as minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos. O SENHOR é justo; cortou as cordas dos ímpios." 
Salmo 129:1-4

Este salmo era entoado pelos grupos de peregrinos que anualmente caminhavam em direcção às festividades do templo em Jerusalém.  Israel tinha até aquela data passado por diversas tribulações e problemas. Deus queria que eles recordassem por onde já tinham passado. Também nós, se formos sinceros, conseguimos lembrar-nos de dias menos bons. Conseguimos lembrar-nos dos nossos erros e dos erros dos outros que nos afectaram. Não precisamos de esquecer o passado desde que conheçamos aquele que controla o futuro. O salmista diz que apesar de todos os problemas, nenhum prevaleceu contra ele. A verdade é que nenhum problema ganha terreno a quem está no Senhor. A promessa das Escrituras é que se confiarmos em Deus, nunca seremos tentados acima do que podemos suportar. A tempestade pode ser grande, mas para o crente ela é sempre temporária. O v. 3, diz-nos que os ímpios terão as suas cordas cortadas. Aqueles que rejeitam a Deus sustentam a sua vida em cordas por eles inventadas. Pode até parecer que essas cordas lhes dão alguma estabilidade, mas todas as cordas atadas contra Deus e a Sua vontade serão cortadas. Será que temos hoje alguma corda que nos dá segurança mas sabemos que é contra a vontade de Deus? Estamos a confiar na nossa própria força ou capacidade? Entregue o seu caminho hoje ao Senhor.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Presentes por Abrir

  
 "Atenta desde os céus, e olha desde a tua santa e gloriosa habitação. Onde estão o teu zelo e as tuas obras poderosas? A comoção das tuas entranhas, e das tuas misericórdias, detém-se para comigo? Mas tu és nosso Pai, ainda que Abraão não nos conhece, e Israel não nos reconhece; tu, ó SENHOR, és nosso Pai; nosso Redentor desde a antiguidade é o teu nome. Por que, ó SENHOR, nos fazes errar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que não te temamos? Volta, por amor dos teus servos, às tribos da tua herança. Só por um pouco de tempo o teu santo povo a possuiu; nossos adversários pisaram o teu santuário. Somos feitos como aqueles sobre quem tu nunca dominaste, e como os que nunca se chamaram pelo teu nome."
Isaías 63:15-19

É muito bom saber que Deus é o nosso Pai mesmo se todas as outras pessoas, famílias ou instituições nos deixarem. É bom saber que a nossa salvação não depende de sermos ou não membros de algum grupo ou organização. Somos salvos porque nos arrependemos e o sangue de Cristo faz de nós filhos de Deus. Ninguém nos pode expulsar da família de Deus. Isto é tão maravilhoso quanto certo e seguro. Quem pode conceber tamanho amor? Que homens pobres, pecadores e perdidos, completamente indignos, sejam, sem qualquer merecimento, aceites na família do Deus três vezes santo. Termos acesso, pelo sangue do Cordeiro, à sala do trono de tão grande Deus! Outra das coisas que é bom saber é que as promessas de Deus serão todas cumpridas. Aqui temos o exemplo das promessas que Ele fez ao Seu povo de Israel. Jesus Cristo voltará para ser Rei em Jerusalém e cumprir todas a promessas de Deus para com o Seu povo. Se assim é também podemos confiar nas Suas promessas de vida eterna, consolo, perdão dos pecados, gozo, paz, e tantas outras que são certas porque saídas da boca de Deus. Para chamarmos nossas as Suas promessas temos de estar dispostos a que Ele domine nas nossas vidas (v. 19). Quantas promessas com o nosso nome que nunca aproveitamos pela nossa infidelidade e desobediência! Quantos presentes por abrir!   

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terça-feira, 26 de junho de 2012

As Mãos de Deus

 "A ti levanto os meus olhos, ó tu que habitas nos céus. Assim como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos de sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o SENHOR nosso Deus, até que tenha piedade de nós. Tem piedade de nós, ó SENHOR, tem piedade de nós, pois estamos assaz fartos de desprezo. A nossa alma está extremamente farta da zombaria daqueles que estão à sua vontade e do desprezo dos soberbos."
Salmo 123

A Bíblia fala muito sobre servidão e servos. Aqueles que eram libertos eram encorajados a dar graças pela sua liberdade. Aqueles que continuavam escravos, eram encorajados a darem o melhor testemunho que conseguissem, para a glória de Deus. Embora a realidade da escravatura esteja hoje longe da maioria de nós (infelizmente ainda não de todos), aprendemos várias lições preciosas a partir desta realidade. Principalmente no oriente eram muito valorizados os servos que entendessem as vontades de seus senhores sem que nenhuma palavra tivesse de ser dita. Assim, os servos prestavam sempre muita atenção às mãos dos seus senhores para não perderem a mínima indicação. Quanto ao nosso relacionamento com Deus, não nos podemos esquecer de quem nós somos em relação a Ele. Ele é o Senhor e nós somos os servos. Assim, não nos deve espantar a posição do salmista. É para cima que devem olhar os nossos olhos, porque a nossa posição é abaixo de Deus. A desilusão e a tragédia dão-se, muitas vezes, por tentarmos viver num mundo criado por Deus ignorando as regras criadas por Ele. O amor de Deus por nós é tão verdadeiro e pessoal que Ele não nos esconde a verdade. Iremos passar por dificuldades e provações neste mundo. O Senhor é tão bom para nós que, para além de nos avisar dessa realidade, propõe-se a usar as nossas dificuldades para o nosso bem e para a Sua glória. Se é certo que as dificuldades vêm, para o crente é certo também o livramento. Olhemos para as Suas mãos.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Instrução no Tempo Certo

"E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão, tu e todo este povo, à terra que eu dou aos filhos de Israel. Todo o lugar que pisar a planta do vosso pé, vo-lo tenho dado, como eu disse a Moisés. Desde o deserto e do Líbano, até ao grande rio, o rio Eufrates, toda a terra dos heteus, e até o grande mar para o poente do sol, será o vosso termo. Ninguém te poderá resistir, todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei nem te desampararei. Esforça-te, e tem bom ânimo; porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria. Tão-somente esforça-te e tem mui bom ânimo, para teres o cuidado de fazer conforme a toda a lei que meu servo Moisés te ordenou; dela não te desvies, nem para a direita nem para a esquerda, para que prudentemente te conduzas por onde quer que andares. Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido. Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o SENHOR teu Deus é contigo, por onde quer que andares."
Josué 1:1-9  
Moisés tinha liderado o povo durante quarenta anos. Depois da sua morte, Josué é escolhido para tomar a dianteira de Israel. Como é que Josué se deve ter sentido? Certamente não seria fácil substituir alguém tão carismático e fiel como Moisés. Que desafio! Nos mais cruciais momentos da sua vida, quando parece que tudo depende de si e você sente que não é capaz, Deus estará aí. O Senhor quer que você confie Nele e não esteja ansioso. No v. 5, Deus diz a Josué que estaria com ele. O Senhor reafirma que estaria com ele, da mesma maneira que tinha estado com Moisés. Que promessa poderosa! Como é que estas palavras nos falam a nós? Deus ensina que Moisés não era diferente de nós. A mesma presença que Moisés sempre evidenciou, estaria ao dispor de Josué e está ao nosso dispor também. Deus pede-lhe para se esforçar e ter bom ânimo. Uma das coisas que mais prejudica a nossa vida espiritual é a apatia ou indiferença para com Deus. O Senhor agrada-Se do nosso esforço. Devemos esforçar-nos para amá-Lo, esforçar-nos para O servir, esforçar-nos no nosso entusiasmo. Josué não sabia como eles iam entrar na terra, nem como derrotariam aquelas poderosas nações. Mesmo assim, Deus diz-lhe para ter bom ânimo. Que o mundo seja desanimado, mas que os filhos de Deus tenham esperança! Podemos esforçar-nos e ter bom ânimo, não com base na nossa força de vontade. Essa chega rapidamente ao fim. A fonte da nossa esperança é a eterna Palavra de Deus (v. 8).

sábado, 23 de junho de 2012

Toda a Terra

 "Inclinai os ouvidos, ó céus, e falarei; e ouça a terra as palavras da minha boca. Goteje a minha doutrina como a chuva, destile a minha palavra como o orvalho, como chuvisco sobre a erva e como gotas de água sobre a relva. Porque apregoarei o nome do SENHOR; engrandecei a nosso Deus. Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos justos são; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e recto é. Corromperam-se contra ele; não são seus filhos, mas a sua mancha; geração perversa e distorcida é. Recompensais assim ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai que te adquiriu, te fez e te estabeleceu?"
Deuteronómio 32:1-6

Moisés convoca toda a terra a ouvir o que ele está prestes a dizer. Também nós devemos falar do nosso Deus para todos. As palavras da nossa boca, todas, devem ser palavras edificantes e para bem de quem as ouve. Da mesma forma que a chuva, quando cai, molha todas as coisas, Moisés quer que as suas palavras cheguem a todo o lado e penetrem todos os corações. Ele dá, finalmente, a razão da importância das suas palavras. Elas são importantes porque engrandecem o nome do Senhor. Infelizmente muitas das palavras que falamos não têm qualquer valor. Mas todas as palavras de adoração e glorificação do Senhor são palavras de alto valor. Em poucas palavras Moisés diz muito sobre o Senhor. Ele é a Rocha, firme, que não muda, sobre a qual podemos construir as nossas vidas. Deus é perfeito em santidade, não há Nele falta alguma, todos os Seus caminhos devem ser comparados com os nossos caminhos. Assim, ganhamos consciência das nossas faltas e imperfeições e temos oportunidade de arrependimento. Deus é a verdade e não uma verdade. Podemos confiar Nele. Podemos descansar na justiça e rectidão do nosso Deus. Durante grande parte do resto do capítulo, Moisés expõe a loucura do povo em rebelar-se contra um Deus assim e que já havia feito tanto por eles. Deus é nosso Pai, enviou Seu Filho para nos salvar derramando o Seu sangue sobre a cruz. Como é possível esquecermo-nos do que Deus fez e continua a fazer por nós?

Não Devemos Julgar?


"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem."
Mateus 7:1-6
 
Nos capítulos 5 a 7 deste evangelho temos aquilo que é conhecido como “O Sermão da Montanha”. Embora Jesus Se esteja a dirigir a Israel, como seu eterno Rei, encontramos muitos princípios importantes para todos nós. Esta passagem é usada muitas vezes como desculpa para uma aceitação universal de todas as atitudes e comportamentos errados. Dizem-nos, usando esta passagem, que não devemos julgar. Muitos agarram-se a estas palavras para continuarem em caminhos que Deus diz serem errados. Outros usam-nas para se recusarem ouvir os conselhos de quem quer o seu bem. A verdade é que esta passagem não só diz que devemos julgar, mas que temos de julgar. Em primeiro lugar fala da responsabilidade de nos julgarmos a nós mesmos. Não podemos ajudar outra pessoa a sair de um erro no qual estamos. A ideia do “faz o que eu digo, não faças o que eu faço” não é bíblica e deve ser evitada. No entanto esta passagem diz ainda que, depois de nos certificarmos que não somos culpados daquele erro, devemos chamar a atenção para os erros dos outros, sempre com a intenção de ajudar e em espírito amoroso. Aqueles que se alegram porque o outro errou, ou aqueles que julgam porque se sentem melhores do que o outro, não têm nada para oferecer a quem precisa de ajuda. Que erros é que o Senhor já nos ajudou a corrigir? De que forma é que eu posso ajudar o meu próximo a corrigi-los também? Em que áreas da nossa vida ainda precisamos da ajuda do Senhor?  

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Causas do Afastamento de Deus

 
"Eis que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. Porque as vossas mãos estão contaminadas de sangue, e os vossos dedos de iniquidade; os vossos lábios falam falsidade, a vossa língua pronuncia perversidade. Ninguém há que clame pela justiça, nem ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam na vaidade, e falam mentiras; concebem o mal, e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de basilisco, e tecem teias de aranha; o que comer dos ovos deles, morrerá; e, quebrando-os, sairá uma víbora. As suas teias não prestam para vestes nem se poderão cobrir com as suas obras; as suas obras são obras de iniquidade, e obra de violência há nas suas mãos. Os seus pés correm para o mal, e se apressam para derramarem o sangue inocente; os seus pensamentos são pensamentos de iniquidade; destruição e quebrantamento há nas suas estradas. Não conhecem o caminho da paz, nem há justiça nos seus passos; fizeram para si veredas tortuosas; todo aquele que anda por elas não tem conhecimento da paz."
Isaías 59:1-8
 
“Deus parece estar tão longe!”, “Não consigo sentir a presença de Deus!” Ouvimos expressões como estas e é possível que já as tenhamos até utilizado nas nossas próprias vidas. A primeira coisa que sentimentos desse tipo fazem é colocar em causa a justiça, o amor, ou a sensibilidade de Deus colocando, dessa forma, a pessoa que está a falar num patamar superior ao do Próprio Deus. O Senhor está sempre no controlo e nem o Seu poder, nem o Seu amor diminuem com o tempo (v. 1). Aprendemos aqui que o que causa divisão entre os homens e Deus são os pecados dos homens. Isto é verdade mesmo para os que já são salvos em Cristo. Não é possível perdermos a salvação, pois esta não depende das nossas obras. Mas ao pecarmos, perdemos a nossa comunhão com Deus que é tão puro que não pode ver o mal (vs. 2-3). No restante da passagem de hoje, o Senhor descreve a verdade sobre o coração humano – está cheio de males. Se nos colocarmos na atitude de nos querermos comparar com Deus, iremos sair sempre a perder. A verdade é que somos de tal forma inúteis que o que temos a fazer é confessar as nossas culpas e nos achegarmos a este Deus que nos ama. O desafio é fazermos uma análise diária dos nossos caminhos, e confessarmos todos os pecados que o Espírito nos for revelando, ou que se forem manifestando. Não podemos correr o risco de nos afastarmos deste Deus maravilhoso.              

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Planear a Fidelidade


"E deram ordem, Moisés e os anciãos, ao povo de Israel, dizendo: Guardai todos estes mandamentos que hoje vos ordeno; Será, pois, que, no dia em que passares o Jordão à terra que te der o SENHOR teu Deus, levantar-te-ás umas pedras grandes, e as caiarás. E, havendo-o passado, escreverás nelas todas as palavras desta lei, para entrares na terra que te der o SENHOR teu Deus, terra que mana leite e mel, como te falou o SENHOR Deus de teus pais. Será, pois, que, quando houveres passado o Jordão, levantareis estas pedras, que hoje vos ordeno, no monte Ebal, e as caiarás. E ali edificarás um altar ao SENHOR teu Deus, um altar de pedras; não alçarás instrumento de ferro sobre elas.
Deu 27:6  De pedras brutas edificarás o altar do SENHOR teu Deus; e sobre ele oferecerás holocaustos ao SENHOR teu Deus. Também sacrificarás ofertas pacíficas, e ali comerás perante o SENHOR teu Deus, e te alegrarás. E naquelas pedras escreverás todas as palavras desta lei, exprimindo-as nitidamente. Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo: Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje vieste a ser povo do SENHOR teu Deus. Portanto obedecerás à voz do SENHOR teu Deus, e cumprirás os seus mandamentos e os seus estatutos que hoje te ordeno."
Deuteronómio 27:1-10

Moisés aproveita estes dias, que ele sabe ser dos últimos do seu ministério, para olhar para o futuro. Somos forçados a viver apenas para o presente e a agir sem pensar nas consequências. Temos de confiar em Deus para deixar de o fazer. O futuro é importante. Precisamos de perguntar sempre o que Deus quererá que eu seja no futuro, que tesouros vou guardar hoje para a vida eterna, que sacrifícios vou fazer hoje para edificação da minha vida espiritual. É o que Moisés faz. Apesar de eles ainda não estarem na Terra Prometida, Moisés diz-lhes o que eles farão quando lá chegarem com tanta segurança como se eles já lá estivessem. Somos cidadãos do reino dos céus. Devemos viver os nossos dias neste mundo passageiro, como se já caminhássemos nas ruas de ouro da nossa pátria celestial! Em relação ao futuro temos de saber que a Palavra que nos alimenta hoje, é suficiente para nos alimentar amanhã. Pela mesma Palavra com que o povo havia peregrinado pelo deserto, o povo viveria na sua nova pátria. Um dos belos exemplos desta história é o facto de o povo planear honrar a Deus naquele que seria um dos momentos decisivos da sua vida. Também teremos momentos decisivos ao longo da nossa vida. Já planeámos como vamos honrar a Deus quando esses momentos chegarem? O povo deveria, também, planear ser fiel (v. 10). Quais são os seus pontos espirituais mais fracos? O que poderia fazer para evitar algumas das tentações que o distraem? A fidelidade também se planeia.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Olhar para o Vazio


"Desvia os meus olhos de contemplarem a vaidade, e vivifica-me no teu caminho."
Salmo 119:37
 
Temos aqui um bom exemplo do tom deste salmo. Muito deste salmo está organizado em forma de oração. Neste versículo o salmista afirma que já não quer contemplar mais a vaidade. Contemplar significa olhar com muita atenção. Vaidade é aquilo que é vazio, o nada. A verdade é que temos uma tendência para nos concentrarmos em coisas que não têm qualquer valor. A maior parte das energias, tempo e recursos gastos pelos seres humanos, dizem respeito a coisas passageiras e, portanto, sem verdadeiro valor. O que é eterno, divino, espiritual é que deveria merecer o nosso olhar. Só a Palavra do nosso Deus dura para sempre. Ao mesmo tempo, o salmista reconhece a sua incapacidade de mudar por conta própria. Na realidade ele não está a fazer um propósito, está a pedir ajuda. Só nos iremos começar a dedicar à vida que Deus tem para nós se nos dispusermos a reconhecer a nossa incapacidade e nos humilharmos ao ponto de pedirmos ajuda. Não precisamos de passar a vida a olhar para o vazio, temos alternativa. Podemos olhar com atenção para as coisas que irão durar para sempre. Tudo o que fazemos para Deus tem valor eterno. Em vez de olharmos para o inútil, que tal gastarmos o nosso tempo na Palavra de Deus? Só alcançaremos verdadeira vida, vida com sentido, quando entregarmos o nosso caminho ao Senhor.  

terça-feira, 19 de junho de 2012

(Novo Livro) Proteger o que é Importante: A Família





Publicações Esperança Viva, 2012 | Preço: 5,50 euros 

 O Senhor permitiu que, com o trabalho e colaboração de vários missionários e pastores de igrejas baptistas em Portugal, conseguíssemos disponibilizar mais este importante recurso. É com grande alegria que anunciamos que o livro "Proteger o que é Importante: A Família" já se encontra disponível. Poderá encontrá-lo na sua igreja (algumas já pré-encomendaram o livro), por email para pastor@ibev.pt, ou ligando para o 289543542 ou 964860765.

Na contracapa do livro,

"A família é das coisas mais importantes que temos. Na Bíblia descobrimos que a família é uma criação especial de Deus criada de propósito e com um objectivo especial.


No entanto, a instituição da família sofre constantes ataques. As famílias cristãs precisam de saber (e relembrar constantemente) os princípios bíblicos para a criação, crescimento, unidade e defesa dos seus lares.

Esperamos que este livro possa servir para ajudar a proteger aquilo que temos de mais importante – as nossas famílias.

Descubra o que a Bíblia diz sobre:
  • ·         O Altar Familiar
  • ·         Namoro e Noivado
  • ·         O Relacionamento entre Marido e Esposa
  • ·         A Responsabilidade para com Pais Idosos
  • ·         Viver com um Conjuge Descrente
  • ·         Educação e Disciplina dos Filhos."


Vidas Amputadas

"O vós, todos os que tendes sede, vinde às águas, e os que não tendes dinheiro, vinde, comprai, e comei; sim, vinde, comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão? E o produto do vosso trabalho naquilo que não pode satisfazer? Ouvi-me atentamente, e comei o que é bom, e a vossa alma se deleite com a gordura. Inclinai os vossos ouvidos, e vinde a mim; ouvi, e a vossa alma viverá; porque convosco farei uma aliança perpétua, dando-vos as firmes beneficências de David. Eis que eu o dei por testemunha aos povos, como líder e governador dos povos. Eis que chamarás a uma nação que não conheces, e uma nação que nunca te conheceu correrá para ti, por amor do SENHOR teu Deus, e do Santo de Israel; porque ele te glorificou."
Isaías 55:1-5

Muitas são as vozes que se levantam acusando o Deus da Bíblia de ser um Deus cruel e vingativo. Penso que qualquer leitor atento da Palavra não consegue ficar muito tempo com essa opinião. Saltam à vista na Palavra de Deus os convites generosos de um Deus que Se quer relacionar com uma humanidade desviada. O homem foi criado para viver em comunhão com Deus. Uma pessoa que viva longe de Deus vive uma vida amputada do seu verdadeiro sentido. Depois de se desviar de Deus, e sentindo o vazio daí resultante, a humanidade tem tentado voltar para Deus. Vítima do seu próprio orgulho, e cego pelo pecado, o homem convenceu-se de que, quanto mais se esforçasse e quanto mais caro fosse o valor empregue, mais próximo estaria da redenção. Deus ensina-nos que a salvação não custa nada à humanidade, Ele Próprio pagou o que havia a ser pago (v. 1). Todos os esforços humanos para pagar a sua própria salvação são loucos e inúteis (v. 2). Para que alguém encontre Deus só tem de reconhecer a sua incapacidade, as suas faltas, e reconhecer Cristo como único substituto pelo seu pecado. A partir daí começa uma nova vida de íntima comunhão com o Deus de amor. Estas palavras são dirigidas ao povo de Israel, os judeus, prometendo-lhes a restauração, como povo, da sua posição para com Deus (vs. 3-4). No entanto, encontramos aqui uma mensagem universal. O amor de Deus é para todo o mundo (v. 5, Jo. 3:16).       

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Evitar o dever


"Vendo extraviado o boi ou ovelha de teu irmão, não te desviarás deles; restitui-los-ás sem falta a teu irmão. E se teu irmão não estiver perto de ti, ou não o conheceres, recolhê-los-ás na tua casa, para que fiquem contigo, até que teu irmão os busque, e tu lhos restituirás. Assim também farás com o seu jumento, e assim farás com as suas roupas; assim farás também com toda a coisa perdida, que se perder de teu irmão, e tu a achares; não te poderás omitir. Se vires o jumento que é de teu irmão, ou o seu boi, caídos no caminho, não te desviarás deles; sem falta o ajudarás a levantá-los."
Deuteronómio 22:1-4

Deus dá, novamente, instruções claras acerca do que o povo deveria fazer em casos muito específicos da sua vida. O que fazer quando, por uma ou outra razão, fico responsável pelo destino de algo que pertence a outra pessoa. O princípio bíblico apresentado é simples. Sempre que me vier parar às mãos algo que não é meu, não devo descansar até fazer restituição. O seu ao seu dono. Mas o mandado bíblico vai um pouco mais longe, não o devo fazer só quando me vem parar à mão. Se por acaso eu simplesmente vir caído no caminho algo que é de outra pessoa, não devo desviar-me. Isto é um princípio bíblico muito importante. Ou seja, não nos devemos esconder de algo que sabemos que é nosso dever. Devo ir ao encontro do problema e devolver o perdido a quem o deve estar a procurar. A aplicação parece fácil. Não nos devemos desviar dos problemas. Devemos, com fé em Deus, enfrentar tudo o que nos vem parar à frente. Devemos, acima de tudo, considerar os outros, as suas vontades, e a sua propriedade, acima de nós próprios. Parece muito difícil? Às vezes é mais fácil não fazer, se apenas nós e Deus sabemos do que se trata. É impossível vivermos à luz da Palavra, no caminho ordenado por Deus, se estivermos a confiar em nós próprios. Não somos nada sem o poder e a graça de Deus. Quanto mais próximos estivermos Dele, mais fácil será escutar a Sua voz e executar o Seu propósito.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Milénio

"E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pós selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, e sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; e de Deus desceu fogo, do céu, e os devorou. E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre."
Apocalipse 20:1-10
 
Esta é a passagem bíblica mais clara sobre uma importante parte da história do mundo que ainda está por cumprir – o reino milenar de Jesus. Os judeus descrentes recusam aceitar que Jesus é o Messias prometido, porque Ele não veio para reinar. Ele nasceu e morreu, dizem eles, sem nunca ter ocupado o trono de David. Por isso, julgam eles, é impossível que Ele seja o Messias. A verdade é que eles preferem ignorar as suas próprias Escrituras que falam de um Messias sofredor, que sofreria pelos pecados dos homens, que morreria e ressuscitaria. A vinda do Messias seria em duas fases. Uma para sofrer, outra para reinar. Uma já aconteceu, a outra pode acontecer a qualquer momento. Nesta passagem aprendemos que, durante o milénio, Satanás estará preso (vs. 1-3). Alguns dizem que já estamos no milénio, mas não conseguem explicar porque é que Satanás ainda não está preso. Todos os salvos por Jesus terão ressuscitado e recebido corpos glorificados para servirem a Cristo durante o Seu reino (v. 4). Todas as pessoas salvas antes da vinda de Jesus para reinar estarão com Jesus para sempre. Estão para sempre livres do medo da morte (v. 6). Após os mil anos Satanás será solto, apenas por algum tempo e apenas para ser usado na realização de plano de Deus (v. 7). Vemos, também nesta passagem, que o nosso Deus tem todo o controlo. Nem Satanás, ao qual alguns dão tanta importância, tem qualquer poder comparado com o Todo-Poderoso Deus.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Oportunidade para Todos


"Desce, e assenta-te no pó, ó virgem filha de Babilónia; assenta-te no chão; já não há trono, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada a tenra nem a delicada. Toma a mó, e mói a farinha; remove o teu véu, descalça os pés, descobre as pernas e passa os rios. A tua vergonha se descobrirá, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei vingança, e não pouparei a homem algum. O nosso redentor cujo nome é o SENHOR dos Exércitos, é o Santo de Israel. Assenta-te calada, e entra nas trevas, ó filha dos caldeus, porque nunca mais serás chamada senhora de reinos. Muito me agastei contra o meu povo, profanei a minha herança, e os entreguei na tua mão; porém não usaste com eles de misericórdia, e até sobre os velhos fizeste muito pesado o teu jugo."
Isaías 47:1-6


A Babilónia era a capital de um grande império. No seu tempo de maior esplendor, nenhuma das grandes nações da terra lhe conseguiu fazer frente. Sabemos pelas Escrituras que Deus estendeu à liderança desta nação várias oportunidades de arrependimento. O facto de Deus ter permitido a invasão de Israel e a deportação dos judeus para a Babilónia fazia, também, parte deste plano de amor. Muitos acreditam que Nabucodonosor conheceu o Senhor e foi salvo. Algumas das suas palavras no livro de Daniel parecem indicá-lo. Nesta passagem é anunciada a destruição deste império. Deus pode anunciar estes acontecimentos, muitos anos antes de eles acontecerem pois é Dele todo o poder. No entanto, é bom lembrar-nos que Deus não destrói sem dar oportunidade de arrependimento. O nosso Deus é assim. Quem sabe se estas palavras são para si hoje uma oportunidade de arrependimento ou uma chamada para uma maior dedicação ao Senhor. Deus é o nosso redentor (v. 4). Foi Ele que Se fez carne, habitou entre nós e derramou o Seu sangue para que pudéssemos ter vida. Ele é o autor das nossas vitórias. Assim, temos de viver a vida em acção de graças constantes pelo que Ele fez e continuará a fazer por nós. O nosso Deus é um Deus pessoal. Ou seja, Ele quer ter um relacionamento próximo connosco e apenas perdemos quando não investimos na qualidade do nosso relacionamento com Deus. Deus ama-nos de tal maneira que Ele conhece e toma nota de todas as coisas que fazemos. Ajuda-nos, Senhor, a estarmos atentos ao teu amor.

sábado, 9 de junho de 2012

Louvai ao Senhor


"Ele converte os rios em um deserto, e as fontes em terra sedenta; A terra frutífera em estéril, pela maldade dos que nela habitam. Converte o deserto em lagoa, e a terra seca em fontes. E faz habitar ali os famintos, para que edifiquem cidade para habitação; E semeiam os campos e plantam vinhas, que produzem fruto abundante. Também os abençoa, de modo que se multiplicam muito; e o seu gado não diminui. Depois se diminuem e se abatem, pela opressão, e aflição e tristeza. Derrama o desprezo sobre os príncipes, e os faz andar desgarrados pelo deserto, onde não há caminho. Porém livra ao necessitado da opressão, em um lugar alto, e multiplica as famílias como rebanhos. Os retos o verão, e se alegrarão, e toda a iniquidade tapará a boca. Quem é sábio observará estas coisas, e eles compreenderão as benignidades do SENHOR."
Salmo 107:33-43

O livro dos Salmos é maravilhoso. Vez após vez Deus lembra-nos que precisamos de O louvar continuamente. Em primeiro lugar, porque Deus Se agrada de receber o nosso louvor. Que bom podermos fazer alguma coisa que agrada o coração do Deus dos Céus. Depois, porque é bom para nós, para não nos esquecermos das maravilhas do nosso Deus. Finalmente, porque nunca nos faltarão razões para louvar o Senhor. Por vezes Deus abençoa-nos grandemente (v. 38), riquezas, saúde, família, amigos. É fácil louvar a Deus quando tudo corre bem, mas será que o fazemos? Outras vezes, as coisas não são tão fáceis. Passamos por problemas, preocupações angústias (v. 39). Por vezes algum familiar sofre, e nós sofremos com ele. Nessas ocasiões buscamos a Deus com mais facilidade. Queremos que Ele leve um pouco da nossa dor. Confiamos que Ele é capaz. No entanto, mesmo nessas ocasiões, Ele quer ouvir o nosso louvor. Não é tão fácil. Pensamos, “primeiro vou resolver o meu problema, e depois louvo”. Esta ordem está trocada. Mesmo no meio da tempestade, Deus quer ouvir-nos cantar glórias ao Seu nome. Assim conseguimos encontrar Nele a alegria, mesmo na dificuldade. Quem não é salvo, não o consegue fazer (v. 42). Ficam sem palavras, vão-se abaixo pois não têm esperança. Demos sempre ao nosso Deus o louvor que Ele merece. Seja qual for o momento das nossas vidas.     

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Uma Boa Herança


"Os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança com Israel; das ofertas queimadas do SENHOR e da sua herança comerão. Por isso não terão herança no meio de seus irmãos; o SENHOR é a sua herança, como lhes tem dito. Este, pois, será o direito dos sacerdotes, a receber do povo, dos que oferecerem sacrifício, seja boi ou gado miúdo; que darão ao sacerdote a espádua e as queixadas e o bucho. Dar-lhe-ás as primícias do teu grão, do teu mosto e do teu azeite, e as primícias da tosquia das tuas ovelhas. Porque o SENHOR teu Deus o escolheu de todas as tuas tribos, para que assista e sirva no nome do SENHOR, ele e seus filhos, todos os dias. E, quando chegar um levita de alguma das tuas portas, de todo o Israel, onde habitar; e vier com todo o desejo da sua alma ao lugar que o SENHOR escolheu; E servir no nome do SENHOR seu Deus, como também todos os seus irmãos, os levitas, que assistem ali perante o SENHOR, igual porção comerão, além das vendas do seu património."
Deuteronómio 18:1-8


Desde sempre que os judeus viviam à sombra da promessa de Deus de que um dia eles teriam a sua própria terra. Não seria uma terra qualquer, seria uma terra rica, terra que mana leite e mel. Apenas a esperança desta terra os tinha feito sobreviver a centenas de anos de escravidão no Egipto. Agora, estavam próximos da terra. No entanto, Deus anuncia aos levitas de que estes não teriam herança na terra. Nenhuma região da terra que eles sempre sonharam ter, algum dia seria deles. Porquê? Porque Deus tinha uma promessa melhor para os levitas. Os descendentes de Levi seriam a tribo sacerdotal. Apenas os levitas poderiam ser sacerdotes e servir a Deus no templo. Os levitas estariam, enquanto fossem fiéis, sempre mais próximos do Senhor. Os levitas ficaram com a melhor parte da promessa. Dos alimentos oferecidos por todo o povo ao Senhor, os levitas tiravam o seu sustento. Aqueles que viviam para a Palavra, viviam da Palavra. Deus tratava do seu sustento (v. 3). Também o povo deveria estar consciente da sua responsabilidade para com os seus sacerdotes (v. 4). Os sacerdotes eram-lhes dados por Deus, para eles cuidarem. É o princípio da mordomia. Nada do que temos é nosso. Deus apenas no-lo empresta para que tomemos conta. Por seu turno, os levitas tinham a responsabilidade de servirem fielmente ao Senhor (v. 7). Ser fiel a Deus não é apenas o que os outros pensam de nós. É, fundamentalmente, o que fazemos quando apenas Deus está a ver.

Quem Te não temerá?


"E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus. E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos." 
Apocalipse 15:1-4


O livro de Apocalipse é também um livro sobre a manifestação futura da ira de Deus sobre a terra. Os críticos dizem que se trata da prova de que o Deus da Bíblia é um tirano sanguinário. No entanto trata-se de uma excelente prova de que o Deus que servimos é um Deus de graça e amor. Como? Quando o v. 1 fala sobre as sete pragas consumadoras da ira divina, como é que isso prova o amor de Deus? Basta pensarmos há quanto tempo é que estas palavras estão escritas. Há dois mil anos que está anunciada a consumação da ira de Deus. Como Deus é paciente! Ninguém é obrigado receber a ira de Deus, toda a humanidade está convidada para o Seu perdão e para a Ceia das bodas do Cordeiro. No v. 2 vemos os vitoriosos, aqueles que, durante a tribulação, não se submeteram ao anticristo. No entanto esta vitória está anunciada e é certa para todos aqueles que se arrependem e aceitam o Salvador. Deus é maravilhoso! Por isso é que sabemos que vão existir hinos de louvor a Ele por toda a eternidade. Porque Ele é merecedor da nossa adoração. Devemos pensar nisto quando nos preparamos para cantar a Ele nos cultos da nossa igreja. Quantas palavras é que cantamos sem o nosso coração dar por isso! Afinal de contas, podemos fazer a mesma pergunta, quem não temerá ao Senhor? No final são Dele e para Ele todas as coisas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Fracos Substitutos


"Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas próprias testemunhas, nada vêem nem entendem para que sejam envergonhados. Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos, e levantem-se; assombrar-se-ão, e serão juntamente confundidos. O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome e a sua força enfraquece, e não bebe água, e desfalece. O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa. Quando corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela. Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo. Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam. E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore? Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou, de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na minha mão direita?" 
 (Isaías 44:9-20)

Esta passagem trata sobre a loucura da idolatria. Esta é, em primeiro lugar, um acto de desobediência. Para além disso, a idolatria é também algo sem lógica, ridículo e louco. É este lado que aqui é exposto pelo profeta. Em primeiro lugar, os falsos deuses são feitos pelos homens e com ferramentas humanas (vs. 12-13). Os homens são seres muito fracos. É dada como exemplo a profissão de ferreiro. Esta é uma profissão desgastante e que envolve esforço físico constante. Um ferreiro não consegue martelar o ferro quente durante muito tempo sem se cansar e precisar de água e alimento. Muitos dos objectos de idolatria são moldados em forma humana. Que força é que terá um deus feito à imagem de um ser tão fraco? O outro aspecto abordado pelo profeta é o dos materiais de que estes ídolos são feitos. O exemplo dado é o dos ídolos feitos de madeira (vs. 14-15). Que tem a madeira de especial para que se torne num deus? A madeira serve para queimar, para servir de aquecimento, ou para cozinhar. Da mesma árvore, parte será queimada, e com a outra parte farei um ídolo ao qual darei um nome e diante do qual me prostrarei para o servir (v. 17)? A esta loucura, a qual é muito visível à nossa volta, o profeta chama de cegueira e ignorância (v. 18). Devemos guardar-nos para não colocarmos nada no lugar que só pertence a Deus.               


terça-feira, 5 de junho de 2012

(Devocional) Louvor - Salmo 100



Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012
Leitura Bíblica Diária: Salmos 96-100*

"Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras.
Servi ao SENHOR com alegria; e entrai diante dele com canto.
Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo seu e ovelhas do seu pasto.
Entrai pelas portas dele com gratidão, e em seus átrios com louvor; louvai-o, e bendizei o seu nome.
Porque o SENHOR é bom, e eterna a sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração." 
(Salmo 100)

Este é um muito conhecido salmo de louvor. Nele estão contidas palavras emocionantes de acção de graças e adoração. O louvor é uma das obrigações do crente. Louvar a Deus é falar bem Dele, é contar a Suas maravilhas. Mesmo se estivermos a passar por uma tempestade, Deus continua a ser bom e a merecer o nosso louvor. Deus agrada-Se de nos ouvir falar bem Dele. Louvor é cantar as maravilhas de Deus, mas não só. Servirmos a Deus com alegria e não por obrigação é uma forma de louvor (v. 2). O mundo verá a forma e a atitude com que O servimos. Vivermos a vida em submissão a Deus, fazendo Dele o nosso verdadeiro Senhor, é, também, uma forma de O louvarmos (v. 3). O louvor deve ser rendido nas nossas vidas de todos os dias, mas também quando nos congregamos com outros crentes (v. 4). Por isso é que o louvor não se pode tornar num espectáculo em que uns louvam e os outros assistem. O grupo de louvor de uma igreja deve ser a congregação inteira. As nossas reuniões, pela forma como nos amamos, servimos, cantamos, ou nos submetemos à Palavra, devem ser manifestações, vivas e verdadeiras, de louvor ao nosso Deus. Deus, e só Ele, é merecedor do nosso louvor (v. 5). 


Nota: Ao seguir a recomendação de Leitura Bíblica Diária, irá ler num ano o Antigo Testamento (uma vez) e o Novo Testamento e Salmos (duas vezes).