O Relógio não Pára

Tive um professor que recusava usar relógio. Ele dizia que nunca iria permitir que uma máquina o escravizasse. Ele não queria que um aparelho insignificante lhe dissesse o que ele tinha de fazer e quando tinha de fazê-lo. Penso que era uma forma de negação do óbvio. A passagem do tempo não deixava de existir apenas porque ele não usava relógio. Era também uma manifestação do orgulho humano. Mesmo parecendo ridículo, o ser humano quer lutar contra o óbvio. O homem quer fazer o seu próprio destino quando é evidente que o destino não está nas nossas mãos.


Em Génesis 11:10-26, encontramos uma sucessão de nomes e a quantidade de tempo que cada um viveu. Aos olhos dos homens, trata-se de uma sucessão cronológica insignificante. Nas mãos de Deus, cada nome é importante. Não há ninguém que nasça sem que Deus tenha para essa pessoa um plano. Apenas atingimos o nosso potencial quando nos colocamos no controlo do Criador. Cada uma das pessoas mencionadas nesta lista teve as suas lutas, as suas vitórias o seu percurso. No entanto, apenas conhecemos os seus nomes hoje porque estas pessoas fizeram parte do plano de Deus para a salvação do mundo. Se entendermos isto, iremos também entender como é que estes nomes fazem parte da nossa salvação e como os nossos nomes podem fazer parte da salvação da geração que vem depois de nós.


A Importância do Passado
Em Génesis 3:15, Deus tinha prometido que a salvação do mundo viria pela semente da mulher. As geneologias do Antigo Testamento são importantes por causa disso. Será que Deus iria conseguir cumprir a Sua promessa? Num mundo tão hostil cheio de guerras, fomes, perseguições e dificuldades, seria possível manter a sucessão genética de um povo, até chegar à altura certa de nascer o Salvador? Se lermos o Antigo Testamento, econtramos imensas referências a nações inteiras que desapareceram por completo, mas o povo escolhido de Deus permaneceu sempre e permanece até hoje.

Uma das formas interessantes de ler o livro de Génesis é ir localizando todas as vezes em que a linha da semente é posta em perigo. Mesmo assim, chegamos ao Novo Testamento com uma sucessão contínua de nomes até ao nascimento de Jesus, o Salvador do mundo.


Os nomes que aparecem neste capítulo 11 de Génesis são os mesmos que aparecem em Lucas 3:23-38, onde aprendemos que

• de Adão a Noé temos 10 gerações: Adão, Sete, Enos, Cainã, Maalalel, Jarede, Enoque, Metusalém, Lameque e Noé;
• de Sem a Tera temos 10 gerações: Sem, Arfaxade, Cainã, Salá, Éber, Faleque, Ragaú, Seruque, Naor e Tera.

Porque é que isto é significativo, porque após Tera temos Abraão, a quem foi dada a seguinte promessa,


"Que deveras te abençoarei e grandissimamente multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e como a areia que está na praia do mar; e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz." (Génesis 22:17-18).

Deus estava a chamar a atenção que, apesar de as gerações irem passando, Ele ainda não tinha desistido do Seu plano de salvar o mundo. Tinham havido 10 gerações até Noé, então, 10 gerações após Noé, Deus escolhe um homem para ser o pai dos seus filhos espirituais. Porque o Salvador é descendente de Abraão, então vemos que a história do mundo é a história do plano de Deus para a nossa salvação. Que Deus maravilhoso! Estes nomes, aparentemente insignificantes, foram parte do plano de Deus para resgatar do lodo um triste pecador como eu. O passado é importante quando conseguimos ver nele a mão de Deus.


Quando você escolhe fazer o que está certo na sua vida não o deve fazer apenas para ser visto pelos outros. Estes nomes são desconhecidos para o mundo, mas irão ser lembrados para sempre, pois foram escolhidos para ficarem registados nesta palavra eterna. Aquilo que você faz para Deus, insignificante para o mundo, tem uma importância sem fim. Deus vê até o nosso coração!


"O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos." (Apocalipse 3:5)


A Urgência do Presente
Ao olharmos para estes nomes, obervamos que a tendência era para os anos de vida irem decrescendo (600, 438, 433, 464, 239, 239, 230, 148, 205). Não sei se sentirão o mesmo que eu, mas uma pessoa pode até se esquecer da morte quando todos à sua volta vivem 600 anos, mas a morte estaria bem mais próxima se essa esperança de vida baixasse para os 200 anos em apenas algumas gerações. E hoje? Já não medimos a nossa esperança de vida nas centenas de anos, mas nas dezenas. Tudo isto deve fazer-nos pensar na urgência do presente. 
A verdade é que ninguém pode garantir que irá ver o dia de amanhã. Este pode ser o último texto que tem a oportunidade de ler! A inconstância da vida, deve pesar na hora de tomar decisões. A Bíblia afirma,


"Porque que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece." (Tiago 4:14)


Devemos, então, aproveitar o tempo que temos à mão (é este) para tomar as decisões mais importantes. Não se esqueça: o pecado é uma realidade e afasta-o de Deus, apenas o arrependimento e fé em Jesus o farão entrar na vida eterna. Quem ainda não tem Cristo já está condenado. 

Se você ainda não nasceu de novo, colocando a sua fé em Cristo, este é o momento certo para o fazer. Se você está a adiar aquele passo que o vai colocar de volta na perfeita vontade de Deus, então esta é a altura certa para ter aquele conversa com Deus. O relógio não pára por ninguém! Que orgulhosos somos nós quando pensamos que vamos tirar uma pausa do nosso relacionamento especial com Deus! O tempo não nos pertence.


A Certeza do Futuro 
Quando olhamos para o passado e vemos Quem sempre tem estado no controlo. Quando aproveitamos o presente e nos colocamos exactamente nas mãos do Senhor Criador do tempo, então algo maravilhoso acontece. Passamos a ter certeza em relação ao futuro.

Vivemos numa altura da história em que podemos olhar para trás para textos como estes e ver como Deus estava a agir. Estes eram os antepassados de Abraão! Este, quando já tinha quase 100 anos, não tendo sequer um filho, recebe a promessa de Deus de que seria o pai de uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu! Esta promessa era tão inacreditável (parecia loucura) que a sua esposa riu. Mas quando finalmente nasce o filho deste promessa, os seus pais colocam-lhe o nome de Isaac que significa riso. Eles aprenderam que na nossa pouca fé, podemos rir das promessas de Deus, mas que quem ri por último, ri melhor.

"Como podemos estar seguros do futuro? Não vê os tempos em que estamos a viver?" Vejam o que disse alguém que viva pela fé,

"Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho." (Filipenses 1:21).
"Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou." (Romanos 8:35-37)

A forma como Deus tem cumprido a Sua promessa desde Génesis 3:15, prova que Ele é Senhor sobre o tempo. Apesar de todos os ataques, Ele tem sido sempre fiel à Sua promessa. Confie Nele hoje e Ele cuidará do seu amanhã!




 

Confessar o Seu Nome

Dou graças a Deus pela liberdade religiosa que temos em Portugal. Existem ainda pequenas formas de perseguição (sentimo-la por vezes), mas nada que se compare ao que têm de passar muitos dos nossos irmãos em Cristo noutras partes do mundo. Em Portugal posso andar na rua com uma Bíblia na mão, entregar folhetos do evangelho nas portas ou falar da salvação num café.

Recentemente, um perito em liberdade religiosa afirmou que a cada 5 minutos, morre um cristão no mundo por causa da sua fé e que mais de um milhão de cristãos perseguidos são crianças. Assim, há pessoas de todas as idades que não se importam de dar as suas próprias vidas por Aquele que deu a vida por eles.

A realidade é que confessar fé em Jesus como Salvador pessoal é algo que deve mudar a vida de uma pessoa. Aqueles que “aceitam” Jesus e depois continuam a vida como se nada fosse. Aqueles que se “arrependem” mas ninguém consegue ver qualquer diferença na sua vida. Esses precisam de urgentemente rever a sua posição em Cristo. Pode ser que se tenham enganado e tenham colocado a sua fé numa oração em vez de num Salvador.

Confessar Jesus é mais do que fazer uma oração. Confessar Jesus é mudar o rumo da nossa vida. É esquecer a nossa vida e passar a viver a Dele. Quem realmente confessa a Jesus irá ser incómodo para aqueles que estão à sua volta e O rejeitam.

O poder para viver esta vida é dado por Ele. Como é que os cristãos lá longe resistem à perseguição? Com o mesmo poder que Ele lhe quer dar aqui para viver para Ele.   

Livro "Batalhar pela Fé" | Lançamento e Pré Encomenda

Título: Batalhar pela Fé - Uma Defesa Bíblica de Importantes Doutrinas do Cristianismo.
Publicações Esperança Viva
2011
Vários autores
120 pg.
Preço: 6.50
Preço Pré Encomenda: 6.00



Texto da Contracapa:
"A cada dia são feitas novas descobertas, mas as verdades da Palavra de Deus permanecem as mesmas.

Num mundo onde tudo é posto em causa, são necessários mais livros assim. Um grupo de pastores de igrejas em Portugal juntaram-se para produzir uma defesa bíblica de importantes doutrinas do Cristianismo.

Ao todo são dez as doutrinas que são analisadas e todas elas dizem respeito a cada um de nós.

Um livro assim irá desafia o dético, equipar o cristão e aprofundar a confiança que devemos ter na infalível Palavra de Deus - a Bíblia."

Temos o prazer de anunciar o lançamento do livro "Batalhar Pela Fé". O livro será lançado no decorrer da Conferência dos Fundamentos da Fé (IBEV, Albufeira, 5-8 Outubro 2011), mas todas as encomendas feitas antes de 5 de Outubro, beneficiam de um desconto de pré encomenda.


Sabemos que este livro será de grande utilidade para qualquer pessoa que queira saber mais sobre os importantes ensinamentos bíblicos.


Encomendas ou mais informações sobre o livro e a Conferência estão disponíveis em:
pastor@ibev.pt
964860765

Uma Só Raça, Uma Só Responsabilidade

"Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações; e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio." (Génesis 10:32)


Este foi o ponto de partida para a mensagem, "Uma Só Raça, Uma Só Responsabilidade"

Escute aqui.

Unidade a Qualquer Preço?

Vivemos dias difíceis na Europa. Há vários anos atrás, alguns líderes europeus tiveram uma visão de unidade. Essa unidade foi crescendo e ficando mais complexa. De unidade comercial, passou a política, cambial e monetária. Este sonho de unidade não é novo no homem. A profecia bíblica diz-nos que no final dos tempos, haverá um governo sobre todo o mundo e uma uma única religião mundial. Estas ideias gloriosas de busca da felicidade individual e geral parecem boas e legítimas. Mas há um detalhe. O Criador do mundo, o Deus da Bíblia, tem outros planos para o homem. Apesar da vontade de Deus ser conhecida (a Palavra está à disposição de todos), o homem insiste em continuar com os seus próprios planos. O objectivo é unidade a qualquer preço. Veja-se o preço que a Europa está disposta a pagar por uma unidade monetária (o Euro), que pelos vistos não está a funcionar lá muito bem. Os planos do homem sem Deus conduzem à destruição, mas mesmo assim, o homem insiste. 

No capítulo 10 de Génesis, temos um documento histórico de valor incalculável. Para além de fazer parte da perfeita Palavra de Deus, a "Tabela das Nações", que encontramos neste versículo é a mais antiga tentativa (usando a linguagem secular) de explicar a origem das nações que ocupam o mundo. Os nomes que aqui encontramos e a sua divisão linguística e geográfica, constituem para muitas das nações de hoje, um quadro de referência. 

Uma mesma Origem
Aprendemos neste capítulo da Bíblia que todas as nações do mundo têm uma mesma origem. Todos os povos que ocupam hoje o nosso planeta, descendem de Noé, dos seus filhos e respectivas esposas, únicos sobreviventes de um evento cataclísmico sem par na história. Assim, caem por terra todas as teorias racistas que procuram diminuir determinados povos ou culturas à medida que elevam outras. Não deve existir racismo, pois não existem raças. Toda a humanidade é uma raça só. Foi isso mesmo que Paulo, numa pregação histórica no Areópago da Grécia clássica, tentou explicar aos filósofos que o escutavam:


"E de um só fez todas as raças dos homens, para habitarem sobre toda a face da terra, determinando-lhes os tempos já dantes ordenados e os limites da sua habitação." (Actos 17:26)



Um mesmo Propósito
O Criador do mundo é um Deus de ordem e não faz nada sem ter um plano. Assim, o plano de Deus para o homem é que ele ocupe toda a terra e se multiplique. A divisão linguística criada por Deus serviu para acelerar esse propósito e combater a rebeldia da natureza de pecado do homem que insiste em fazer as coisas à sua maneira e desobedecer ao Deus que o criou. Assim, os povos foram ordeira e propositadamente distribuídos de acordo com a sua língua, os planos que Deus tinha para eles e até as suas características e habilidades naturais.

Muitos hoje preocupam-se com uma eventual sobrepopulação mundial. Não temos quaisquer razões para alarmes e não devemos entrar no jogo dos que procuram dominar o mundo através de políticas de controlo da natalidade desumanas e imorais. Houve alguém que fez a contas e chegou à conclusão que podemos colocar toda a população do mundo no estado do Texas (EUA) e cada pessoa teria direito a quase 100m2 de área à sua disposição. O mundo terá, até ao final dos seus dias, a capacidade para sustentar os planos do seu Criador, da mesma maneira que Deus promete a Sua ajuda para cada um dos planos que Ele tem para nós.


Então, vemos neste capítulo que Deus executou na perfeição o seu plano de espalhar as diferentes nações pelo mundo. O que é que esse propósito tem a ver connosco? Agora que somos portugueses (ou brasileiros, ou angolanos, ou guineenses, etc.), vemos que o plano do Criador resultou. Se o plano de Deus não é a unidade de todos os povos do mundo qual é o propósito de Deus para mim agora? Paulo continuou a sua mensagem para os filósofos,

Buscar a Deus
"Para que buscassem a Deus, se porventura, tateando, o pudessem achar, o qual, todavia, não está longe de cada um de nós; porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois dele também somos geração." (Actos 17:27-28)
 
Deus existe e é responsabilidade de cada um buscá-Lo. Ele está disponível mesmo para aqueles que ainda não O conhecem. Deus é pessoal e quer relacionar-Se através de Jesus (não da religião) com qualquer que O busque com sinceridade. Que Deus cruel Ele seria se nos tivesse criado, mas agora não fosse possível termos conhecimento Dele?

Arrependimento
" Mas Deus, não levando em conta os tempos da ignorância, manda agora que todos os homens em todo lugar se arrependam." (Actos 17:30)

O caminho para Deus passa por se admitir, em primeiro lugar que o caminho onde se está, não é o caminho certo. Este passo não é fácil, já conduzi muitos quilómetros desnecessariamente apenas por não querer admitir que estava errado, que não sabia e que precisava de instruções. Aquele que admite o seu erro (querer a unidade a qualquer custo é um erro), tomará, então a iniciativa de mudar a direcção da sua vida. Deus deseja que você admita perante Ele o seu erro, o seu egoísmo, a sua insistência em fazer as coisas à sua maneira. Após isso Deus quer que mude de direcção.


Fé em Jesus
"Porquanto determinou um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do varão que para isso ordenou; e disso tem dado certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos.(...) Todavia, alguns homens aderiram a ele, e creram, entre os quais Dionísio, o areopagita, e uma mulher por nome Dâmaris, e com eles outros." (Actos 17:31, 34)

Depois de descobrir que está no caminho errado, e ainda por cima que conduz à destruição, o pecador deve ficar feliz de descobrir que existe um caminho certo. Esse caminho é Jesus. Mas o Criador não manda a raça humana ter em Jesus uma fé cega. Ele provou que era quem dizia ser ao ressuscitar dos mortos. A ressurreição de Jesus, que confunde ainda hoje os cépticos, não deixa ninguém indiferente. Ele é quem efectuou, por si mesmo, o pagamento pelos nossos erros. Através Dele obtemos perdão completo, poder para viver, e a promessa da vida eterna com Deus. Se ainda não o fez, convido-o a deixar de ter medo, de ter incerteza, a arrepender-se e a confiar em Cristo. 


Um mesmo Destino
Mas, e esta raça, composta de várias nações? Se a unidade a qualquer custo neste mundo não é o plano de Deus, qual é esse plano para o futuro? Qual é o destino das nações. No livro do Apocalipse, o último da Bíblia, lemos,

"Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante do trono e em presença do Cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: Salvação ao nosso Deus, que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro. E todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e dos anciãos e dos quatro seres viventes, e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ações de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. E um dos anciãos me perguntou: Estes que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram? Respondi-lhe: Meu Senhor, tu sabes. Disse-me ele: Estes são os que vêm da grande tribulação, e levaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que está assentado sobre o trono estenderá o seu tabernáculo sobre eles. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem cairá sobre eles o sol, nem calor algum; porque o Cordeiro que está no meio, diante do trono, os apascentará e os conduzirá às fontes das águas da vida; e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima." (Apocalipse 7:9-17).

Seja qual for a sua nacionalidade, se já tem Jesus como Salvador, o seu destino é maravilhoso. Este mundo, nem mesmo com todos os seus grandiosos planos de unidade, não lhe consegue dar qualquer segurança em relação ao futuro. Mas o seu Criador pode.









 

Um Lugar Especial

As pessoas juntam-se em grupos para as mais diversas actividades. A verdade é que as pessoas gostam de encontrar razões para se juntarem em actividades de grupo. Nos dias de grandes conquistas desportivas (desde que seja a minha equipa a ganhar), gosto de sair para a rua e juntar-me aos festejos. É uma alegria ver a satisfação no rosto das pessoas e cumprimentar pessoas que não conheço e que me devolvem um grande sorriso.

Assim, parece-me normal juntarmo-nos na igreja para viver a alegria que temos em Cristo e receber alimento, instrução e encorajamento. Temos até a oportunidade de cumprimentar pessoas que não conhecemos e partilhar a felicidade eterna que temos em Cristo. Conheço pessoas que fizeram há muito tempo o compromisso de estar na igreja sempre que as portas estão abertas para uma actividade. É um bom objectivo quando compreendemos tudo o que se passa quando a igreja se junta.

Acredito que não há outro lugar assim à face da terra. Os que ficam de fora olham com desconfiança e os que aceitam o convite para entrar, partilham algo especial. A igreja é o lugar onde as diferentes gerações convivem. Quem diz que não é possível um idoso passar tempo, sabedoria e experiência com um adolescente, é porque nunca visitou a nossa igreja. Pessoas de todos os estratos da sociedade participam das mesmas actividades. Tenho o privilégio de ser o pastor de uma igreja onde é comum ver um sem-abrigo sentado à mesa, enquanto é servido por um professor.

Devemos fazer o possível por nos juntarmos neste lugar, “onde não há grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, servo ou livre; mas Cristo é tudo em todos.” (Colossenses 3:11)

11/09/2001 | Onde é que Você Estava?

Celebram-se hoje 10 anos deste o mega atentado terrorista contra os Estados Unidos que vitimou cerca de 3000 pessoas. Desde então o nosso mundo mudou muito. Em Washington, capital dos EUA, será realizada hoje uma cerimónia na Catedral Nacional. A cerimónia contará com a presença de um líder budista, de um iman muçulmano, de um rabi judeu e de um sacerdote Hindú. Embora uma grande percentagem dos americanos se identifique como cristão evangélico, nenhum pastor estará presente na cerimónia. Ao tentar-se construir um mundo mais tolerante, está-se a fechar a porta aos cristãos e, o que é mais grave, a Cristo.

Como é que aconteceu uma tragédia assim e o que podemos fazer para contribuir para um mundo melhor? Neste cantinho do mundo, poucos de nós seremos chamados para pegar em armas contra os terroristas. Ainda bem. Penso que temos uma arma melhor. Ao compartilharmos o evangelho, uma pessoa de cada vez, estamos a trabalhar por um mundo melhor. Quanto mais houver de Cristo, do Seu poder para salvar e dos Seus ensinamentos, menos possibilidades haverá de se repetirem estas tragédias. Quem fala de Cristo contribui para um mundo melhor. 

 

Uma das perguntas que mais se ouve por estes dias é, “onde é que estava no 11 de Setembro de 2001?”. Lembro-me perfeitamente onde estava e de como fiquei em choque enquanto as notícias me chegavam pela rádio. Hoje, passados 10 anos, penso que devemos pensar de forma diferente. A pergunta que devemos fazer é, “onde é que vai estar no dia 11 de Setembro de 3001?” Parece uma pergunta simples e sem importância, mas daqui a 100 anos todos nós vamos desejar ter a resposta certa para aquela pergunta. Existe uma resposta e a resposta é Cristo. Quantas das vítimas do 11 de Setembro estavam a viver um dia normal e não tinham ainda recebido a salvação que é oferecida por Jesus? Onde vai estar daqui a 100 anos?   

Continua a Acontecer Todos os Dias

A imprensa de hoje afirma que o governo se prepara para retirar a comparticipação à pílula contraceptiva. Ou seja, as pessoas terão de pagar mais pelos meios normais de contracepção num país onde são realizados e facilitados abortos pagos pelos nossos impostos. A mensagem que é passada ao público, querendo ou não, é a de que a interrupção da gravidez (provocar a morte da criança antes do nascimento) é um modo perfeitamente aceitável de planeamento familiar.


Esta é uma questão de princípio e de fundamento. Enquanto não formos uma nação que respeita a vida, em todas as suas etapas, estaremos condenados ao desnorte. Na Palavra encontramos, "Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." 

Continuaremos a orar para que as leis do aborto sejam revogadas na nossa nação e para que as vidas dos inocentes sejam protegidas desde a concepção.   

Sacrifício de Louvor

Gostava de vos falar do meu querido amigo e da forma como ele se converteu a Cristo. Tendo crescido numa certa denominação cristã, o meu amigo estava certo de que a sua salvação dependia da forma como vivia a sua vida. Se ele fosse à igreja e fizesse tudo o que lhe diziam que devia fazer, a sua salvação estaria garantida. A verdade é que ele não tinha paz na sua vida espiritual e cada vez que tentava fazer tudo "certo", acabava por caír e cada vez mais fundo. Ele começou a frequentar os cultos da nossa igreja e, num domingo de Páscoa, ele escutou como no dia da morte de Jesus, o véu do templo se rasgou de alto a baixo. Com emoção o meu amigo admitiu diante de Deus que ele tinha estado a vida toda a tentar fazer o que Cristo já tinha feito por ele. Ele aceitou a Cristo como Senhor e Salvador e tive a honra de realizar o seu baptismo.

Uma das verdades bíblicas mais queridas da história dos baptistas é o sacerdócio universal dos crentes. Isso significa simplesmente que com a morte de Cristo na cruz, deixou de haver separação entre os homens e Deus. Qualquer pessoa, seja quem for, pode aproximar-se de Deus se o fizer através de Jesus Cristo. Estando na presença de Deus (que privilégio!) podemos apresentar-Lhe sacrifícios que Lhe agradem. Um desses sacrifícios, é o que a Bíblia chama de "sacrifício de louvor" (Heb. 13:15). Esta é uma mensagem importante e quero apenas dar-lhe o resumo deste ensinamento. Para chegarmos a este sacrifício gostaria que considerasse o caminho para a louvor, o custo do louvor e a causa do louvor.

O Caminho para o Louvor
"Saiamos, pois, a ele fora do arraial..." (Heb. 13:13a)
Para poder louvar a Deus condignamente, precisamos de estar a dar os passos certos na direcção certa. Em primeiro lugar precisamos de dar o passo do arrependimento. Este é um tema que não podemos menosprezar. Os pecadores precisam de saber que os passos que estão a dar são passos para longe de Deus. O mundo sem Cristo precisa de perceber que está cada vez mais próximo de uma eternidade sem Cristo. Voltar as costas ao pecado e dar o primeiro passo para Cristo é uma decisão com consequências eternas. A Bíblia diz-nos que há grande alegria no céu por cada pecador que se arrepende.  Depois de voltar as costas ao pecado, cada pessoa precisa de caminhar para Cristo. Assim, para poder louvar a Deus, cada pessoa tem de dar um passo específico e claro. Todos os que já se arrependeram biblicamente sabem-no. Podem não se lembrar do dia, ou do mês, mas sabem quando voltaram as costas ao pecado e decidiram caminhar para Cristo. 
Podem dizer, mas onde entra Deus nesse processo? Não será demasiado humanista dizer-se que depende de cada um deixar o pecado e ir a Cristo? Não nos podemos esquecer que Deus providenciou a salvação. É Ele que chama o pecador. É Deus também que coloca a fé no coração. E quando o homem finalmente se arrepende, é Deus que opera o novo nascimento. O pecador que se salva não tem mais ninguém a quem agradecer a não ser ao Deus da Bíblia.
Ainda bem que assim é, pois os passos para Cristo não são passos fáceis. Somos chamados a sair da cidade e ir até aos pés da cruz. A cidade representa o conforto da carne, a aceitação da sociedade. O caminhar em direcção à cruz simboliza a vida do crente. Esse deve ser o objectivo de cada cristão enquanto estiver no mundo - andar com Deus.
Cada passo neste trajecto seria impossível sem o poder de Deus. No entanto, é preferível rodar lentamente numa estrada esburacada e estreita, na direcção certa, do que rodar confortavelmente numa autoestrada que nos leva à destruição.
O crente que pretende louvar sempre a Deus precisa de estar consciente do próximo passo que Deus espera dele. Cada passo que tomamos para perto da vontade de Deus é um passo na direcção de um mais perfeito louvor.

O Custo do Louvor
"... levando o seu vitupério." (Heb. 13:13b)
Temos de estar conscientes que o perfeito louvor é um sacrifício. Um sacrifício é algo que tem um custo. O rei David recusou oferecer a Deus um sacrifício que não lhe tinha custado nada (II Sam. 24). O nosso texto desafia-nos a ir a Cristo levando a Sua vergonha (esse é o significado de vitupério). Para um judeu era impensável atribuir honra a alguém que tivesse sido executado como um criminoso. Uma das grandes dificuldades do cristianismo primitivo é convencer as pessoas que aquele homem que tinha sido crucificado era o Salvador do mundo enviado por Deus. A lei de Moisés dizia claramente que era amaldiçoado aquele que fosse pendurado num madeiro (Deut. 21:22-23). Por isso os primeiros crentes eram ridicularizados. Eles não perdiam apenas as suas famílias e casas e terras e posses. Eles não perdiam apenas as suas vidas (muitas vezes). Eles perdiam a sua honra. Se para si é fácil ser cristão é porque não está a compartilhar o evangelho com as pessoas certas. É difícil amarmos alguém, orarmos por essa pessoa e não conseguirmos falar-lhe de Cristo sem sermos desprezados. A nossa carne não lida bem com o desprezo.
Mas há neste texto duas ideias que nos ajudam. Em primeiro lugar, este é o Seu vitupério. Jesus levou como Sua a maldição que nos era destinada. Para podermos ser livres e entrar na presença do mais santo Deus, Ele que era puro tornou-Se maldição por nós. Não há desprezo que nos dediquem que ultrapasse a solidão da cruz. Ele já sofreu a nossa vergonha. Ele pagou o custo do nosso louvor!
Em segundo lugar, vale a pena levar a vergonha de Cristo porque o fazemos de forma temporária. O v. 14 diz, "porque não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a futura." Busque alívio nesta verdade. As dificuldades deste mundo querem dificultar o seu sacrifício de louvor. Perceba que o louvor é possível em qualquer situação porque os seus problemas são temporários e o custo do louvor já foi pago.

A Causa do Louvor
"...ofereçamos sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome." (Heb. 13:15).
O louvor não é apenas aquela parte do culto das igrejas em que as pessoas cantam a Deus, o louvor deve ser oferecido sempre a Deus. Também, o louvor não serve para preparar as pessoas para a mensagem. O louvor não é um meio, o louvor é um fim. Como todos os fins, o louvor tem uma causa. Aprendemos aqui que o louvor é o fruto dos lábios que confessam o seu nome. O perfeito louvor é o sacrifício que um coração em paz com Deus deposita no altar dos lábios de um pecador que foi salvo por Deus. Aqui está uma verdade revolucionária. Eu sou a favor da qualidade de tudo o que se faz para Deus. Os cultos das nossas igrejas devem ser preparados com interesse e devoção porque são feitos para Deus. A música das nossas igrejas deve ser preparada e apresentada com toda a qualidade possível, para que o nome do Salvador seja exaltado. No entanto, mesmo quando não há música, mesmo quando há nossa volta no salão de cultos estão apenas 3 vozes desafinadas, o nosso louvor pode e deve ser especial. Isso acontece quando estamos a andar com Deus e conscientes do custo do nosso sacrifício a Ele. O louvor é o fruto que apresentamos sempre a Deus e ele é especial em cada uma dessas vezes! 


Conclusão
Se a sua vida de oração lhe parece seca e sem sentido, se as músicas que canta a Deus na igreja lhe saem do hábito e não do coração, então pense nestas verdades. Você precisa voltar as costas ao seu pecado e dar passos certos na direcção da cruz. Se você é salvo, você tem acesso directo ao trono de Deus. O que tem para Lhe oferecer quando lá chega?