quinta-feira, 7 de junho de 2012

Fracos Substitutos


"Todos os artífices de imagens de escultura são vaidade, e as suas coisas mais desejáveis são de nenhum préstimo; e suas próprias testemunhas, nada vêem nem entendem para que sejam envergonhados. Quem forma um deus, e funde uma imagem de escultura, que é de nenhum préstimo? Eis que todos os seus companheiros ficarão confundidos, pois os mesmos artífices não passam de homens; ajuntem-se todos, e levantem-se; assombrar-se-ão, e serão juntamente confundidos. O ferreiro, com a tenaz, trabalha nas brasas, e o forma com martelos, e o lavra com a força do seu braço; ele tem fome e a sua força enfraquece, e não bebe água, e desfalece. O carpinteiro estende a régua, desenha-o com uma linha, aplaina-o com a plaina, e traça-o com o compasso; e o faz à semelhança de um homem, segundo a forma de um homem, para ficar em casa. Quando corta para si cedros, toma, também, o cipreste e o carvalho; assim escolhe dentre as árvores do bosque; planta um olmeiro, e a chuva o faz crescer. Então serve ao homem para queimar; e toma deles, e se aquenta, e os acende, e coze o pão; também faz um deus, e se prostra diante dele; também fabrica uma imagem de escultura, e ajoelha-se diante dela. Metade dele queima no fogo, com a outra metade prepara a carne para comer, assa-a e farta-se dela; também se aquenta, e diz: Ora já me aquentei, já vi o fogo. Então do resto faz um deus, uma imagem de escultura; ajoelha-se diante dela, e se inclina, e roga-lhe, e diz: Livra-me, porquanto tu és o meu deus. Nada sabem, nem entendem; porque tapou os olhos para que não vejam, e os seus corações para que não entendam. E nenhum deles cai em si, e já não têm conhecimento nem entendimento para dizer: Metade queimei no fogo, e cozi pão sobre as suas brasas, assei sobre elas carne, e a comi; e faria eu do resto uma abominação? Ajoelhar-me-ei ao que saiu de uma árvore? Apascenta-se de cinza; o seu coração enganado o desviou, de maneira que já não pode livrar a sua alma, nem dizer: Porventura não há uma mentira na minha mão direita?" 
 (Isaías 44:9-20)

Esta passagem trata sobre a loucura da idolatria. Esta é, em primeiro lugar, um acto de desobediência. Para além disso, a idolatria é também algo sem lógica, ridículo e louco. É este lado que aqui é exposto pelo profeta. Em primeiro lugar, os falsos deuses são feitos pelos homens e com ferramentas humanas (vs. 12-13). Os homens são seres muito fracos. É dada como exemplo a profissão de ferreiro. Esta é uma profissão desgastante e que envolve esforço físico constante. Um ferreiro não consegue martelar o ferro quente durante muito tempo sem se cansar e precisar de água e alimento. Muitos dos objectos de idolatria são moldados em forma humana. Que força é que terá um deus feito à imagem de um ser tão fraco? O outro aspecto abordado pelo profeta é o dos materiais de que estes ídolos são feitos. O exemplo dado é o dos ídolos feitos de madeira (vs. 14-15). Que tem a madeira de especial para que se torne num deus? A madeira serve para queimar, para servir de aquecimento, ou para cozinhar. Da mesma árvore, parte será queimada, e com a outra parte farei um ídolo ao qual darei um nome e diante do qual me prostrarei para o servir (v. 17)? A esta loucura, a qual é muito visível à nossa volta, o profeta chama de cegueira e ignorância (v. 18). Devemos guardar-nos para não colocarmos nada no lugar que só pertence a Deus.               


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