DIALOGANDO
COM “ATEUS”
“Disse o néscio
no seu coração: Não há DEUS.” – Salmos 14.1a
“Dizendo-se
sábios, tornaram-se loucos.” – Romanos 1.22
Diálogo 01
- Pastor, eu não
acredito em DEUS, sou ateu! – diz o rapaz antes de o pastor começar a palestra que
lhe pediram em uma universidade.
- Muito bem, você
pode me responder algumas perguntas sobre o seu ateísmo? – pergunta o pastor
com paciência.
- Sim, o que o
senhor quer saber? – retruca o jovem com ar de superioridade, enquanto o resto
da turma dá uma risada estrondosa.
- Me diga: você
sabe tudo? Você detém todo o conhecimento de todas as coisas? Possui todo o
conhecimento do Universo?
- Não, pastor,
claro que não! Seria louco se dissesse isso!
- Então vamos
supor que você detenha metade de todo o conhecimento possível, ok?
- Sim. – reponde
o jovem. – O que quer dizer com isso?
- Se você tivesse
metade de todo o conhecimento do Universo, seria possível DEUS estar na metade
do conhecimento que você não tem?
O jovem calou-se
e não soube o que responder.
Sentou-se e
assistiu à palestra.
Diálogo 02
- Pastor, o
senhor vai me desculpar, mas eu não me importo com DEUS, eu tenho o controle da
minha vida! Não preciso d’Ele.– diz a jovem senhora com um sorriso arrogante e
um bebé no colo.
- Minha jovem,
quem estabelece para você o que é certo e o que é errado? – pergunta o pastor.
- Eu mesma, ora
essa! Eu sou o “deus” do meu próprio universo!
- Muito bem.
Então se prepare, pois eu resolvi dar um fim na vida de seu filho e vou lhe dar
um tiro agora mesmo!
- Mas o senhor
não pode fazer isso! Isso é errado! Está louco?? – fica perplexa a jovem,
protegendo o seu filhinho nos braços.
- Claro que
posso, se não existe padrão absoluto de certo e errado cada um pode determinar
como deve agir sem se importar com as consequências de seus próprios atos! Você
percebe onde o seu ateísmo irá levar você e ao seu filho?
A jovem se calou,
sem ter mais o que dizer a respeito.
Abraçou o filho
com carinho e uma lágrima caiu de seus olhos.
Diálogo 03
- Está vendo,
aponta o homem para a pessoa morta no meio da rua, atropelada por um veículo. –
DEUS não existe, pois se ele existisse não haveria sofrimento na terra!
- Meu amigo, o
sofrimento não prova a inexistência de DEUS! – responde o pastor ao seu lado. –
A dor e o sofrimento somente provam o quão afastado de DEUS estão os homens,
demonstrando sua rebeldia diante d’ELE. O sofrimento somente prova a existência
do pecado.
- Mas eu não sou
pecador! – responde o homem com veemência.
- Me diga, um dia
você irá morrer? – pergunta o pastor.
- Sim, claro que
sim!
- A morte
inevitável é a maior prova de que você é um pecador! E se não existe DEUS, me diga,
qual é a sua alternativa?
O homem nada mais
teve a responder, ou não o quis fazer, e se afastou proferindo palavras de
baixo calão contra o pastor.
Diálogo 04
- Pastor,
obrigada, mas não preciso de seus sermões e literatura. Sou a presidente do
clube filosófico que se reúne uma vez por semana para demonstrar a inexistência
de DEUS aos jovens da nossa faculdade! – sorri a moça forçando certa
delicadeza, mas com afectação.
- Poderia me
ajudar com uma dúvida? – pergunta o pastor.
- Sim, pois não.
– responde a jovem com um sorriso desconcertado.
- Pode me dizer
se existe no campus um clube filosófico que se reúna uma vez por semana para
discutir a inexistência do Pai Natal?
- Não seja
estúpido, responde a jovem asperamente desta vez – todos sabem que o Pai Natal
é uma inverdade não sendo pois necessário provar a inexistência de algo que é
irreal! – diz triunfante a jovem filósofa.
- Então o que
vocês fazem em suas reuniões tentando provar a inexistência de DEUS se
supostamente ELE não existe?
A jovem emudeceu
e, após alguns segundos, se afastou batendo os pés e resmungando como uma
criança mimada.
Diálogo 05
- Tenho absoluta
certeza da inexistência de DEUS, sou livre de todos os preconceitos da fé
religiosa! – é com firmeza na voz que o jovem rapaz expõe sua assertiva.
- Muito bem, meu
jovem. Responda-me então algumas perguntas? – pede o pastor.
- Sim, pode
perguntar – o jovem enche o peito e se posiciona na cadeira como se fosse dar
um salto.
- Podemos definir
“FÉ” como conjunto de crenças e dogmas?
- Sim, responde o
jovem com alegria. Todo conjunto de crenças e dogmas subordina o homem e o
deixa preso e atado, escravo do que ele acredita.
- Então todo
conjunto de dogmas e crenças estabelecem padrão de conduta aos quais os homens
estão presos, escravizados, está certo?
- Sim, com
certeza! – ainda sorridente o rosto do jovem brilha de emoção.
- Então somos
aquilo que cremos?
- Correto! O
conjunto de nossos dogmas determina quem somos e como agimos. – o jovem está
esfuziante e entusiasmado.
- Mas crer que
não se deve crer não seria um dogma, uma crença estabelecida?
- Sim...- o jovem
perde o sorriso – Onde o senhor quer chegar?
- Se você
estabeleceu a si mesmo que não deseja crer, isso em si mesmo é um dogma, uma
doutrina, o que constitui “FÉ”, somente diferindo no sentido que foi dado. Os
que creem em oposição à um tipo de “FÉ” que se determina a não acreditar
estabelecem para si mesmo um dogma, uma crença, um tipo de “FÉ” ao qual estão
presos. Concorda?
O jovem parece
confuso, e nada responde.
- Logo você
estabeleceu um dogma ao qual está preso e não pode libertar-se. Por
conseguinte, eu estou subordinado a um tipo de “FÉ” e você a outro tipo de
“FÉ”. Está correto?
O jovem somente
balança a cabeça em sinal positivo.
- Logo, a sua
religião é baseada em um outro deus, a saber, você mesmo! Logo, você é um
prisioneiro do próprio ego, seu deus, e da sua vontade, e esta permanece presa
ao seu hedonismo, a busca de satisfação própria, não conseguindo viver senão
pelo momento, procurando encontrar o que lhe proporcionar maior satisfação.
Isso não é estar preso à fugacidade momentânea do seu domo existencial? Não
estaria você preso ao seu sistema de crenças e aos seus dogmas de que nada vale
a pena senão se satisfazer com a bebida, o sexo livre e tudo mais?
O jovem está com
a cabeça baixa, olhando para o chão.
- Se você é o que
crê e se determinou a não crer, logo você se determinou a não ser e nem existir.
A essa teimosia o meu tipo de “FÉ” afirma que seu fim será um local onde há
total ausência de DEUS, chamamos a isso de inferno! (Embora o inferno não seja
apenas ausência de DEUS!)
Uma lágrima corre
pelo rosto do jovem.
- Pastor, eu
tenho raiva de DEUS por que sei que mereço o inferno e não consigo fazer nada
para me livrar deste peso e desta culpa.
- Posso abrir a
minha Bíblia e lhe mostrar o meu tipo de “FÉ”.
O jovem acena
positivamente com a cabeça.
O pastor se senta
ao lado do jovem e abre a sua Bíblia.
“Os ímpios serão
lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus.” – Salmos 9.17
A dor e o
sofrimento humano não provam a inexistência de DEUS. A dor e o sofrimento
humano apenas demonstra a ausência d’ELE! E onde DEUS está ausente, só há dor e
sofrimento (Muito embora o inferno não seja apenas ausência de DEUS!).
Acredite! Não
existem ateus, mas somente adoradores de si mesmos que se acovardam diante da
possibilidade de serem confrontado com a Verdade.
Diante de todos
os fatos que dão evidências da existência de um DEUS pessoal, amoroso e
misericordioso, eles se encolhem em seu próprio egoísmo e ignorância,
conscientemente rejeitando o Único que poderia libertá-los de seus vícios
escravizantes.
E morrem corroídos
pelo próprio ódio, por odiarem aquilo que afirmam menosprezar.
Esse ódio é a maior prova de que estão cauterizando a própria consciência e dopando o próprio ego com o rancor. Por saberem que estão sozinhos e desamparados em seus mundos egocêntricos, afundam-se em suas loucuras.
Por causa disso,
a maioria dos “ateus”, excepção dos que morrem abruptamente, partem para a
eternidade gritando em alarmante terror, por saberem que vão encontrar com o
DEUS Justo e Verdadeiro que tanto rejeitaram em vida.
E por terem plena
certeza que ELE os lançará para longe de si (embora o inferno não seja apenas
estar distanciado de DEUS), já que assim tanto desejaram.
Fugiram de DEUS e
terão agora seus anseios atendidos em uma eternidade longe de Sua Presença
(embora o inferno não signifique apenas ficar distanciado de DEUS).
DEUS tenha
misericórdia da sua vida e dê a alguns deles arrependimento para a vida eterna.
É meu desejo, e oração, amém.
“E, ouvindo estas
coisas, apaziguaram-se, e glorificaram a Deus, dizendo: Na verdade até aos
gentios deu Deus o arrependimento para a vida.” – Atos 11.18
“Porque Deus amou
o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que
nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” – João 3.16
Pr Miguel Ângelo
Set., 2012.
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